«Quando mergulhamos na poesia de Mary Horta, um turbilhão de sensações invade-nos o peito e cria em nós o sentimento puro daquilo que nos vai na alma e que gostaríamos de expressar a cada instante.
A elegância com que escreve e a alegria que imprime nos seus poemas, leva-nos a penetrar no âmago das palavras e a sentir o impulso que brota do seu peito, transformando palavras em poemas que fluem como rosas num jardim de quimera.
Sensível e delicada, dia após dia nos oferece suspiros de alma que nos enternecem e onde vamos beber o elixir que sacia a nossa sede de infinito.
A sua versatilidade e a linguagem que usa induzem-nos a uma incursão num espaço que a circunda, através dos corredores de um mundo que sendo seu, nos absorve e cujo enredo termina sempre com a última palavra de cada verso.
Os desafios constantes que lhe fazem para escrever poesia são para si um lenitivo a que, de um modo simples e desinteressado, espontaneamente corresponde, recorrendo a uma imaginação fértil, qual fonte inesgotável de inspiração.
Utilizando sempre uma linguagem não rebuscada, onde proliferam imagens poéticas que nos surpreendem, os seus versos atraem pela simbiose entre a singeleza e o virtuosismo que transformam cada composição numa fonte de inspiração e magia.
Na verdade, cada poema é um desafio, um momento de criatividade e de surpresa. De temática variada, os versos são correntes de água fresca que correm pelos trilhos da vida, entre pedras e abrolhos, com um objetivo único, o mar, esse mar de fantasia onde um dia almeja repousar.»

Do prefácio de José Sepúlveda