Manual de Contratos de Direito Bancário e Financeiro
Ana Teresa Santos, Maria Adelaide Resende, Júlia Rodrigues da Silva, Carla Meneses Esteves, Jorge Alves MoraisSujeito a confirmação por parte da editora
Detalhes do Produto
- Editora: Quid Juris
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- Ano: 2008
- ISBN: 9789727243815
- Número de páginas: 510
- Edição: 2ª Edição
- Capa: Brochada
Sinopse
Seria inevitável que me coubessem as primeiras palavras de apresentação deste trabalho no seu essencial concretizado na arrumação sistemática, com o respectivo enquadramento fiscal, e jurisprudência crítica, de minutas de negócios jurídicos que socialmente se celebram com intervenção de Bancos. Teve de comum a equipa que levou a bom termo esta tarefa, a circunstância de integrar o Gabinete de Assessoria Jurídica do Finibanco, que me coube criar por incumbência do Senhor Presidente do Grupo, Comendador Álvaro Pinho da Costa Leite, ao momento em que assumiu também as funções de Presidente do Grupo Financeiro e do Banco. Quis ele, ao que suponho, sobretudo por razões familiares, de confiança antiga e muita estima recíproca, que o acompanhasse neste processo. Coube-me, desde logo a responsabilidade pela organização e desempenho do então único departamento jurídico do Banco.
Múltiplos e diferenciados são sempre os fundamentos de uma ideia que sirva uma qualquer pretendida organização, sendo certo que a sua prestabilidade se há-de aferir pela eficiência do desempenho. Sempre entendi a essencialidade da clareza e simplicidade das ideias que norteiam e traçam o núcleo fulcral das organizações que se não complicam, mesmo nos mais complicados desempenhos. De início socorri-me por mera analogia ou maior implicação duma ideia tão simples como disse gostar, fosse ela afinal a de procurar a saúde do Banco como se procura a saúde na vida, seja de forma profiláctica, terapêutica ou cirúrgica. Era afinal o recurso a uma ideia que por tão genuína na sua simplicidade se intuía, prescindindo de justificações ou explicações. Ao Gabinete de Assessoria Jurídica então criado em Lisboa e no Porto sob a orientação do Dr. José Ferrão, coube essa intervenção profiláctica ou preventiva, assessorando os balcões e os outros departamentos, para que as coisas se fizessem como pretendíamos, isto é conforme ao Direito. As primeiras minutas para a celebração de contratos iam surgindo como vacinas adequadas e quando não, aperfeiçoavam-se e evoluíam na prevenção e irradicação de outros "vírus" de procedimentos, que se foram detectando. Notava-se sobretudo por se tratar de um Banco novo, ainda sem cultura própria, uma insustentável heterogeneidade nos procedimentos que importava ir vigiando correctivamente, homogeneizando-os, desempenhando essas minutas também, ainda que não directamente, essa função de "surveillance", ao jeito divulgado por Michell Focault. Ao cabo e ao fim a estabilização aperfeiçoada de um agora passar a saber proceder, ou melhor dito a tentativa corrigida de obtenção de um instrumental ortopédico, para esse saber se ir instituindo. Sob a minha orientação e responsabilidade, para além dos doutores José Ferrão, Ana Folhadela e Ana Castro no Porto, coube em Lisboa à Dr.a Ana Teresa Santos primeiro e depois também à Dr.a Carla Esteves esse constante e repetido aperfeiçoamento das talas e do gesso..........! Outros foram os "clínicos" que se ocuparam da terapia, seja então da utilização autónoma ou conjugada desses e doutros instrumentos no acompanhamento e recuperação de créditos, como desejável precedente da aqui e além inevitável intervenção mais drástica (ou cirúrgica) a cargo do Departamento de Contencioso.
Mas ao que aqui importa foi ao Gabinete de Assessoria Jurídica - hoje sedeado exclusivamente em Lisboa e orientado pelo coordenador deste trabalho, Dr. Jorge Morais, integrando a equipa que o levou a cabo, com realce merecido nesta tarefa de agora para a Dr.a Carla Esteves que coube dar continuidade àquela outra, essa sim, de todos os dias assessorar a celebração de negócios concretos, cuja essência nem sempre coincidia com os contratos legal ou mesmo socialmente típicos, antes se situando na sua periferia ou mesmo absolutamente fora dos seus horizontes ou fins, implicando novas construções por referência a um ou mais tipos, misturando-os ou modificando-os pela introdução de novas cláusulas ou mesmo sem apelo a qualquer modelo de referência.
Na resposta de todos os dias à formalização de intenções contratuais concretas, pressupostos os modelos jurídicos e a tipicidade social, estas modelações foram surgindo por abstracção e comedida generalização, face à específica necessidade sentida, de dispor de instrumentos de trabalho aptos à concretização de negócios em que o Banco intervinha por pretensão dos seus clientes, com eventual modificação ou acrescentamento de cláusulas suplementares, por exigência e inerência ao caso concreto. No essencial constituíram-se e reconstituíram-se modelações de uma disciplinada regulamentação cada vez mais completa.[...]
Do Prefácio de Jorge Tavares Almedina
ÍNDICE
Prefácio
Nota dos autores
I. CONTRATO DE DEPÓSITO BANCÁRIO
II. CONTRATOS DE CRÉDITO
III. GARANTIAS ASSOCIADAS AOS CONTRATOS
DE CRÉDITO
IV. DESCONTO BANCÁRIO
V. OUTROS CONTRATOS
VI. LOCAÇÃO FINANCEIRA MOBILIÁRIA
E IMOBILIÁRIA
VII. CESSÃO FINANCEIRA FACTORING
VIII. GARANTIAS BANCÁRIAS ACESSÓRIAS
E AUTÓNOMAS
IX. CARTAS DE CONFORTO
X. SISTEMAS DE PAGAMENTO E TRANSFERÊNCIAS
XI. OPERAÇÕES FORA DO BALANÇO
XII. MINUTAS DE DECLARAÇÕES
E CARTAS BANCÁRIAS
Índice geral