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Sinopse

«Ainda tenho as partituras que o Miquinha me ofereceu há uns bons anos, das suas mornas escritas pelo Luís Morais com o seu desenho arredondado. Fazem parte do meu arquivo. Não só por serem preciosas, mas porque as mornas do Miquinha estão embebidas numa tradição, mas são expandidas na espiral criativa (também tradicional) e que faz uma das dignidades da Morna.

As mornas do Miquinha têm a elegância da noite. São mornas onde predomina, pelo menos melodicamente, um ambiente noturno, lunar. Sabe-se que o compositor aprecia os convívios, a interação humana, as tocatinas, o fluir na música num ambiente romântico, alegre, profundo. Talvez então por isso, a delicadeza noturna das suas melodias.

De notar o círculo das tonalidades menor e maior. Em geral as mornas são em tom menor, daí o ambiente melancólico e introspectivo. Com as mornas em tonalidade maior, o ambiente torna-se mais aberto e generoso e em certas mornas, o lado ‘arioso’ prevalece. Miquinha soube dosear estes ambientes dualistas que fazem a morna.

Um ‘livro de mornas’ é importante: assinala a maturidade do compositor, reúne as canções de que gosta e deseja, possibilita aos músicos a facilidade da leitura. Num país em que a morna é ainda tradição oral (muito boa e consequente) talvez seja um trabalho de ‘fundo’ intemporal mas necessário.»

Prefácio 

Vasco Martins


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Autor

Miquinha

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