O songbook que reúne as mais emblemáticas composições de Pedro Abrunhosa.
«Como será escrever uma canção?
O que sentirá alguém que escreve uma canção e depois percebe que ela ganha vida e corpo na sua voz e também naqueles que, mais tarde, a irão reproduzir e cantar também? Fico sempre a pensar nisto. Fico genuinamente a pensar nisto e no misto de entusiasmo das canções que se tornam bem-sucedidas e das outras, as canções que vão diretamente para o balde do lixo. Ou talvez para um planeta onde vivem e são cantadas as canções que não tiveram sucesso algum.
Este livro que agora é lançado não tem nenhuma desse planeta que muitos - pelas razões que facilmente adivinharão - querem que seja distante. Pelo contrário, todas elas têm uma vida. Sim, uma vida. Uma canção tem uma vida igual à nossa, só que muitas delas, ao contrário de nós, tornam-se imortais.»
Fernando Alvim, no Prefácio
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Pedro Abrunhosa
Pedro Abrunhosa é um dos mais icónicos cantores, compositores e músicos portugueses, nascido a 20 de dezembro de 1960, no Porto. Com uma carreira marcada pela inovação e pela profundidade lírica, Abrunhosa destacou-se como um dos artistas mais versáteis e carismáticos da música portuguesa, tanto a solo como acompanhado pela sua banda, os Bandemónio.
Formado em Composição pelo Conservatório de Música do Porto, Pedro Abrunhosa começou por se dedicar ao jazz, fundando a Escola de Jazz do Porto e liderando a "Cool Jazz Orchestra". Esta base académica e prática tornou-se essencial para o seu estilo único, que combina elementos de pop, rock, jazz e música eletrónica, destacando-se pela sua abordagem ousada e experimental.
Em 1994, lançou o seu primeiro álbum, Viagens, com a colaboração dos Bandemónio. O álbum foi um enorme sucesso, atingindo tripla platina e trazendo ao público temas icónicos como "Tudo o Que Eu Te Dou" e "Socorro". Este trabalho não só o catapultou para o estrelato como também marcou um novo capítulo na música portuguesa, introduzindo um som sofisticado e letras que abordam temas universais como o amor, a solidão e a busca pelo sentido da vida.
Nos anos seguintes, Pedro Abrunhosa continuou a desafiar fronteiras musicais. O álbum Tempo (1996) consolidou o seu sucesso, com faixas como "Se Eu Fosse Um Dia o Teu Olhar" a tornarem-se hinos para uma geração. Seguiram-se trabalhos como Silêncio (1999) e Momento (2002), que exploraram sonoridades distintas e reafirmaram a sua posição como um dos artistas mais criativos de Portugal.
Após o fim da colaboração com os Bandemónio, Pedro Abrunhosa formou os Comité Caviar, com os quais lançou álbuns como Longe (2010), Contramão (2013) e Espiritual (2018). Estes trabalhos refletem uma evolução contínua, tanto a nível sonoro como nas temáticas, abordando questões sociais e emocionais de forma profunda e poética.
Ao longo da sua carreira, Pedro Abrunhosa manteve uma forte ligação com o público, reconhecido pelas suas performances ao vivo intensas e envolventes. Premiado múltiplas vezes, incluindo três Globos de Ouro, é amplamente reconhecido como uma das figuras mais influentes da música portuguesa contemporânea.
Com uma carreira que abrange várias décadas, Pedro Abrunhosa continua a reinventar-se, mantendo-se relevante e profundamente conectado com a cultura portuguesa. A sua música, rica em emoção e autenticidade, permanece como um marco incontornável na história da música nacional.
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