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Detalhes do Produto

Sinopse

Adalberto é um homem que vive com uma angústia de conhecimento de si próprio que lhe tolda por completo toda a sua existência, vivendo em função da sua busca interior, em que sente que necessita de alguém que o ajude a encontrar o todo de si, além dos limites de si próprio, que só através de outrem poderá alcançar, segundo lhe parece - a estrela polar que muito dificilmente, muito raramente e por pouco tempo se consegue encontrar. A morte do pai, a morte da mãe, fá-lo regressar às suas origens, a Penalva, onde fica a livraria que era dos seus pais. Sem grande ocupação profissional, prossegue as suas divagações e apaixona-se por Aida, que, em pouco tempo, toma como a pessoa através da qual poderá alcançar o conhecimento que desesperadamente almeja. Todo o enredo é de um desespero atroz, e não há personagem que não escape à desgraça coletiva que emana do sofrimento individual de cada um perante a vida, uns por uma busca desesperada do sentido da existência de si próprios, outros por uma angústia de resignação aparentemente feliz da vida que levam.

Excerto
«Desprendo-me de Aida e olho-a quase com terror. Emanação da terra e dos deuses, uma força absurda vivia nela, interrogava-a nessa corrente impetuosa das pedras, das raízes, inundava-a de iluminação. E era como se a sua gravidade antiga se transfundisse a uma majestade nova, do alto da qual eu apenas fosse, em baixo, uma submissão ajoelhada. Mas embora Aida quase me não falasse e eu entendesse aí o seu orgulho justo, quando nos deitámos e apagámos a luz, toquei com os mus dedos o seu corpo e desde a minha humildade soube que eu estava lᅻ
Vergílio Ferreira

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Autor

Vergílio Ferreira

Vergílio Ferreira nasceu em 1916, em Melo (Gouveia), e morreu em 1996 (Lisboa). Estudou no Seminário do Fundão, licenciou-se em Filologia Clássica na Universidade de Coimbra e foi professor do ensino secundário. É um dos maiores romancistas e ensaístas portugueses do século XX. É o autor de romances tão celebrados como Manhã Submersa (1954) e Aparição (1959), com preocupações de natureza metafísica e existencial. A sua prosa, que entronca na tradição queirosiana, é uma das mais inovadoras da literatura portuguesa. Temas como a morte, o mistério, o amor, o sentido do universo, o vazio de valores ou a natureza da arte são recorrentes na sua produção literária, tanto de ficção como de ensaio. Das suas últimas obras destacam-se Para Sempre (1983), Até ao Fim (1997) e Na tua Face (1993). Recebeu o Prémio Camões em 1992.

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