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Da Hospitalidade

Jacques Derrida

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Sinopse

Este livro, "Da hospitalidade", reúne duas sessões dos Seminários de Derrida dos anos 90 consagrados ao motivo da hospitalidade - nelas é possível ouvir o admirável respirar de um pensamento que, em voz alta, medita a herança semântica da hospitalidade, desde o mais antigo da nossa cultura, a Bíblia, os clássicos da literatura e da filosofia gregas, Sófocles e Platão, até ao horizonte dos nossos dias tecido pelo fio vulnerável e quase transparente da teletecnologia (telefone, televisão, Internet, faxe, e-mail, ...).

Nestas páginas atravessadas pelo luto e pelo sofrimento, por queixumes, gritos e protestos que denunciam os trágicos contratempos do tempo, do tempo de Lot, de Antígona, de Édipo e de Sócrates, mas também do nosso, também do nosso tempo dito de mundialização, Derrida pergunta pelo que querem dizer para nós, hoje, palavras como hospitalidade, estrangeiro, outro, convidado, visitante, refém, cidadão, exílio, emigração, direito de asilo, direito nacional e internacional, guerra e paz. E, pensando e defendendo incondicionalmente uma hospitalidade absoluta, a qual se confunde com o idioma da própria desconstrução, e ainda que ciente da sua dificuldade - deixa sempre muito a desejar, a experiência da hospitalidade! - convida-nos a meditar o que é preciso fazer para, em condições que são as da evolução do Estado, da nação, das fronteiras e do direito internacional, inscrever num novo discurso político e em novos projectos políticos, jurídicos, nacionais e internacionais, a injunção desta hospitalidade incondicional, infinita, absoluta ou hiperbólica que continua a orientar o desejo de hospitalidade.


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Autor

Jacques Derrida

Jacques Derrida (1930-2004) é o filósofo da Desconstrução – talvez o mais radical, justo, afirmativo, re-inventivo e difícil dos idiomas filosóficos: justíssimas nos parecem por isso as palavras que Dominique de Villepin endereçou ao filósofo, a 25 de Maio de 2003, na Universidade hebraica de Jerusalém aquando da sua recepção de um Doutoramento honoris causa: «Jacques Derrida, o senhor volta a dar densidade às palavras mais fortes e mais simples da Humanidade […] O senhor está na primeira fila daqueles que abriram a via de um pensamento novo. […] A “Desconstrução” é a démarche atenta, escrupulosa, de um pensamento que se forma à prova do seu objecto. Démarche eminentemente criativa e libertadora. Desfazer, sem nunca destruir, para ir mais longe. […] O senhor situa-se na linha dos intelectuais da honra, ciosos de universal, no caminho aberto por Voltaire, Bernanos, Zola ou Sartre.»

Para além da sua docência, primeiro na Sorbonne, de 1960 a 1964, depois na École Normale Supérieure de Paris, de 1964 a 1984, e na École des Hautes Études en Sciences Sociales, de Paris, de 1984 a 2003, Derrida também desenvolveu uma intensa actividade docente um pouco por todo o mundo, tendo sido Professor convidado de várias universidades [nomeadamente, Berlim, San Sebastian, John Hopkins, Yale, Cornell, New York University, New School for Social Research, UC Irvine, Cardozo Scholl of Law, …] e tendo também herdado a cátedra de Hans-Georg Gadamer na Universidade de Heidelberg. Doutor Honoris Causa por mais de duas dezenas de universidades, incluindo pela Universidade de Coimbra, em 2003, Derrida acordara também encerrar anualmente o Seminário de Mestrado na área da Desconstrução na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra.

Da sua obra imensa, que atravessa, repensando e reinventando, todas as áreas dos saberes e das artes, lembramos aqui alguns dos títulos traduzidos entre nós: Margens da filosofia (1972); "O Outro Cabo" (1998); "O monolinguismo do outro ou a prótese de origem" (2001); "Da Hospitalidade" (2003); "Políticas da amizade" (2003); "Força de lei : o 'fundamento místico da autoridade'” (2003); "Morada : Maurice Blanchot" (2004); "O Soberano Bem / Le Souverain Bien" (2004); "Aprender finalmente a viver" (2005); "Carneiros.

O diálogo ininterrupto: entre dois infinitos, o poema" (2008); "Vadios" (2009); "Memórias de cego : o auto-retrato e outras ruínas" (2010); "Dar a Morte" (2013); "Idiomas da Diferença Sexual" (2018).

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