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Sinopse

«Agrada-me o poema contínuo: a ideia de um poema levar o testemunho a outro poema e ocupar a sua posição, sem falhar a ligação até à última página»

Fernando Esteves Pinto

O autor escreve «no sentido de que o poema esteja vinculado a um exame ou deliberação da linguagem que serve de base à razão, isto é, o poema é orientado no sentido racional e nunca emocional. No purismo poético não há linguagem de emocionar. Pelo contrário, há uma tentativa de valorizar a purificação do poema. A poesia é um arame inquebrável que o poeta molda incessantemente. Mas dito assim parece tudo muito técnico e estudado. No entanto, a estrutura do poema é que resulta de um estudo, porque o poema em si (tudo o que possa transmitir ao leitor) é da ordem do purismo. Da ordem da existência real.»

Deste modo, Fernando Esteves Pinto pretende evidenciar o conceito de Purismo na sua poesia, retomando uma tendência anteriormente atribuída à pintura, através de um movimento fundado por Amédée Ozenfant, pintor e escritor, e Charles Edouard Jeanneret, em 1918. Este seu projecto enquadra-se numa obra contínua, do qual já foram escritos 7 livros de poesia desde 2016, tendo sido já publicados Humanidade, Arte Humana e Coreografias da Linguagem.


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Autor

Fernando Esteves Pinto

Fernando Esteves Pinto nasceu em Cascais, em 1961. Publicou, entre outros, Na Escrita e no Rosto (poesia) – Prémio Inasset Revelação de Poesia do Centro Nacional de Cultura; Conversas Terminais (romance) – Bolsa de Criação Literária pelo Ministério da Cultura; Brutal (romance); O Carteiro de Fernando Pessoa (romance); A Caverna de Deus (romance) – Prémio Literário Cidade de Almada; Área Afectada (poesia); Arte Humana (poesia). É cofundador do projeto literário LÓGOS – Biblioteca do Tempo.

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