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Sinopse

A década de poesia aqui reunida oferece inesperados contributos à nossa lírica: interventiva, no sentido político; intimista e familiar, com laivos autobiográficos; cúmplice de uma topografada Lisboa fadista, mas também de cantautores lusos e estrangeiros, e de uma extensa galeria de poetas epigrafados (se não é algum mais salientado, caso de Ary dos Santos), esta soma não deixa de noticiar, ainda, uma impressiva memória grega e suas mitologias, a par de variado cosmopolitismo europeu, que se vaza para a Tailândia. Fragmentos de vida em mares menos procelosos do que em Quatrocentos e Quinhentos, eis novas peregrinações de bom Lusíada. Os processos diversificam-se nisso residindo um dos encantos de volume longe dos formatos minguados da praça lusitana. com excepção de um texto mais longo, a extensão das composições regulariza o olhar no domínio da quadra, e redução do verso nos mais cantantes, até à prosificação da vintena final, onde mais se alevanta o sujeito empírico, ribatejano e autor de páginas antigas, em exame de consciência política - de Fidel e Che Guevara ao Vietname napalmizado, de Estaline ao Hitler concentracionário, que me leva a envocar um inocente Radnóti Miklós no campo de Ravensbruck. Urge, assim, olhar para a cronopoesia de Pedro Assis Coimbra - que conheci cimo Joaquim Pimpão, no aeroporto de Frankfurt em 9 de Setembro de 1981, e por um quinquénio sobre o Danúbio assim tratei -, com matéria e prospostas que honrosamente lhe franqueiam a entrada na cidadela da lírica portuguesa.

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Autor

Pedro Assis Coimbra

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