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Sinopse

“Se algumas destas páginas foram escritas aos vinte e três anos, muitas outras (Violante, quase todos os Fragmentos de Comédia Italiana, etc.) datam dos meus vinte anos. Não passam todas elas da vã espuma de uma vida agitada, mas que agora está calma. Oxalá um dia que tão límpida que as Musas se dignem mirar-se nela e se veja à superfície o reflexo dos seus sorrisos e das suas danças.
Oferto-te este livro. És, infelizmente, de todos os meus amigos, o único cujas críticas não receio. Tenho pelo menos a confiança de que em parte alguma dele te chocarás com a liberdade do tom. Nunca pintei a imoralidade a não ser em criaturas de consciência delicada. Por isso, demasiado frágeis para quererem o bem, demasiado nobres para gozarem plenamente no mal, conhecendo apenas o sofrimento, tive de falar delas com uma piedade sincera, de modo que não purificasse estes pequenos esboços.”

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Amostra

Autor

Marcel Proust

Marcel Proust nasceu a 10 de Julho de 1871, em Auteuil, filho de Adrien Proust, um professor de medicina conceituado, e de Jeanne Weil (nome de nascimento), de uma família judaica abastada. Posicionou-se, entre 1897 e 1899, a favor da libertação do capitão do exército Alfred Dreyfus, injustamente acusado de traição à pátria. A morte do pai e da mãe, em 1903 e 1905, deixaram-no numa solidão e desgosto profundos, conferindo-lhe, por outro lado, a independência financeira que lhe permitirá mais tarde dedicar-se exclusivamente à sua obra maior, À la recherche du temps perdu [Em Busca do Tempo Perdido], publicado em sete volumes, entre 1913 e 1927. Antes do romance, Proust escreveu um livro de contos, Les plaisirs et les jours, publicado em 1896, e uma novela autobiográfica, Jean Santeuil, que saiu postumamente em 1952. Traduziu The Bible of Amiens e Sesame and Lilies do crítico inglês John Ruskin, e publicou, em 1919, Pastiches et Mélanges, uma recolha de prefácios e artigos. Em Contra Sainte-Beuve, obra fragmentária e inacabada, escrita entre 1908 e 1909, e publicada postumamente em 1954, Proust revela-se um extraordinário crítico literário. De 1914 até ao fim da vida, Proust teve como governanta Céleste Albaret, testemunha privilegiada da composição de Em Busca do Tempo Perdido, e autora do livro de memórias Monsieur Proust (Imprensa da Universidade de Lisboa, 2018). Proust morreu em Paris, a 18 de Novembro de 1922, não sem antes ter posto um termo ao romance com a escrita da palavra «Fim».

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