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Sinopse

Com esta obra Habermas prossegue as suas investigações sobre Moral e Comunicação. Para o autor, o que leva a lançar de novo a discussão são, sobretudo, as objecções feitas aos conceitos universalistas de moral que remonta a Aristóteles, Hegel e o contextualismo contemporâneo. Trata-se de ultrapassar a oposição estéril entre um universalismo abstracto e um relativismo que se auto-contradiz. Habermas procura, assim, defender a proeminência do justo, compreendido num sentido deontológico, sobre o bem. Mas isto não significa que as questões éticas, no estrito sentido do termo, devam ser excluídas do questionamento racional. Nesta perspectiva, a questão moral central não é mais a questão essencial de saber como levar uma boa vida, mas a questão deontológica de saber em que condições uma norma pode ser dita válida. O problema desloca-se da questão do bem para a questão do justo - da felicidade para a da validade prescritiva das normas. As questões morais - sobre o justo e decisíveis em termos de um procedimento argumentativo - estão em distinguir questões éticas - que dizem respeito às questões axiológicas preferenciais de cada um, por natureza subjectivas - é mais até o fim original deste livro do que as demonstrar.


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Autor

Jürgen Habermas

Jürgen Habermas nasceu em Düsseldorf em 1929. Estudou Filosofia, História e Psicologia nas universidades de Göttingen, de Zurique e de Bona, tendo-se doutorado em Filosofia (1954) com uma tese sobre Schelling. Foi professor de Filosofia na Universidade de Heidelberg e ensinou Filosofia e Sociologia em Frankfurt. De 1971 a 1983 esteve no Instituto Max-Planck, como Diretor. Em 1983 retomou o seu cargo de professor na Universidade de Frankfurt, assumindo a cátedra de Horkheimer de Filosofia e Sociologia. Habermas é um dos maiores pensadores europeus das últimas décadas e a sua produção intelectual versa temas tão diversos como a sociologia, o discurso e a ação comunicativa, a ética do discurso, a teoria política e a crítica da razão, temas a que dedicou vários textos. Em 2012 Habermas foi distinguido com o prémio Heinrich Heine considerada a maior distinção literária atribuída na Alemanha a personalidades que, através de seu trabalho contribuam para, no espírito do pensamento de Heinrich Heine com ênfase nos direitos fundamentais do homem, o progresso social e político e a mútua compreensão dos povos.

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