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Detalhes do Produto
- Editora: Almedina
- Coleção: Coleção STVDIVM
- Categorias:
- Ano: 2004
- ISBN: 9789724019604
- Número de páginas: 276
- Capa: Brochada
Sinopse
Tradução de: Lumir Nahodil
Jurgen Habermas é um dos autores alemães mais conhecidos e mais produtivos no âmbito da Filosofia e das Ciências Sociais. Para além de uma carreira académica brilhante cultivou desde muito cedo as virtudes da civilidade através de intervenções públicas em que procurava aliar a análise de conteúdos filosóficos com a reflexão crítica sobre a praxis política. [
] No conjunto de ensaios reunidos neste volume, Habermas pretende apresentar-se como um defensor claro do pluralismo e da diferença apesar do papel nuclear que o consenso desempenha na sua construção teórica. Mantém, no entanto, a pretensão de conseguir reabilitar a procura tradicional da unidade da razão no quadro da sua pragmática formal. Apesar do tom polémico de alguns deles, o leitor encontrará neste volume matéria abundante para um diálogo fecundo com Habermas em torno de questões fulcrais.
António Manuel Martins
PREFÁCIO
O presente volume contém ensaios filosóficos escritos nos últimos dois anos, alinhados por ordem cronológica. No entanto, mesmo nesta sequência fortuita, não deixa de transparecer a sua concatenação objectiva.
Os primeiros três artigos reagem às recentes tentativas de um regresso a formas metafísicas. Defendem um conceito céptico, mas não derrotista, de razão. Os ensaios que se debruçam sobre a viragem pragmática na análise linguística seguem por outros caminhos. Desenvolvem o conceito de razão comunicativa no contexto das teorias contemporâneas do significado e da acção; tal resultou em algumas sobreposições que acabei por não eliminar, apesar das redundâncias. O mesmo tema é abordado pelo sétimo artigo, mas de um ponto de vista mais distanciado, nomeadamente debatendo-se com as variantes contextualistas de uma crítica da razão que hoje predomina. Nos últimos dois artigos, dois fios desta trama argumentacional são retomados e levados por diante: por um lado, trata-se do problema da inefabilidade do individual; por outro, da questão de saber porque os textos filosóficos, não obstante o seu carácter essencialmente retórico, não surgem como literatura.
Frankfurt, Fevereiro de 1988.
ÍNDICE
Nota de Apresentação
Prefácio
I. Retorno à metafísica?
1. O horizonte da Modernidade desloca-se
2. A metafísica após Kant
3. Temas do pensamento pós-metafísico
II. A viragem pragmática
4. Acções, actos de fala, interacções mediadas pela linguagem e mundo da vida
5. Para a crítica da teoria do significado
6. Anotações sobre John Searle: Meaning, Communication and Representation
III. Entre a metafísica e a crítica da razão
7. A unidade da razão na pluralidade das suas vozes
8. Individuação pela socialização. Sobre a teoria da subjectividade de George Herbert Mead
9. Filosofia e Ciência como literatura?
Anexo
10. Retorno à metafísica? - Uma recensão global