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Crónica de uma Deserção - Retrato de um País

Fernando Mariano Cardeira

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Sinopse

Nos últimos anos reacendeu-se em Portugal o interesse pelos testemunhos, escritos e orais, sobre a nossa história recente, sobretudo sobre os anos negros do Fascismo e da Guerra Colonial. As iniciativas públicas para dar palavra aos que tinham lutado contra o fascismo e contra a Guerra Colonial, têm sido escassas, talvez porque pareciam desnecessárias, ideia que tem vindo a ser desmentida por um crescente renascer de ideias fascistas que pensávamos enterradas para sempre. Há muito que eu sentia a necessidade de uma clara afirmação da recusa da Guerra Colonial. Já em 1981 escrevera uma carta ao director de O Jornal a propor a abordagem do assunto e a disponibilizar o meu arquivo documental. O Jornal publicou apenas uma pequena notícia com o título “Eu fui desertor”. Raramente é dada voz aos desertores e refractários que, aos milhares, recusaram participar na criminosa Guerra Colonial que Portugal conduziu em África durante quase 14 anos. Quando comecei a escrever constatei que não podia resumir as minhas memórias ao importante episódio da deserção colectiva em que participei em 1970. Senti que era necessário ir mais além e deixar também um testemunho do que foi a minha vida até ao dia em que tomei a difícil decisão de deixar o país, a família e os amigos, para não ter que participar na guerra.

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Autor

Fernando Mariano Cardeira

Fernando Mariano Cardeira nasceu em Fanhais, freguesia da Nazaré, a 11 de Outubro de 1943. Frequenta o Liceu da Figueira da Foz, 1954-59, e o Liceu de Leiria, 1959-61. Ingressa na Academia Militar (AM) em Outubro de 1961. Em 1965 ingressa no Instituto Superior Técnico como oficial-aluno da AM. Em 1968 requere o abate ao efectivo da AM por discordar da política colonial do governo.Reclassificado em Tenente-miliciano de Infantaria em Mafra, Abril de 1969. Interrupção do curso de Engenharia, que vem a completar em 1977. Mobilizado para a Guerra Colonial em Maio de 1970. Em 23 Agosto de 1970 deserta a salto pela Serra do Gerês, e pede asilo político na Suécia. Regressa a Portugal em Junho de 1974. Reintegrado no Exército é convidado para Director de Informação da RTP, onde fi ca de Abril de 1975 a Abril de 1976. Funcionário dos Serviços de Apoio do Conselho da Revolução até Agosto de 1979. Completa o Curso de Engenharia Nuclear no Instituto National des Sciences et Techniques Nucléaires de Saclay, França, em Setembro de 1980. Em 1986 ingressa no Reactor Português de Investigação como Supervisor. Aposenta-se em 2004. Representou Portugal em vários comités científicos da OCDE e da União Europeia. Foi um dos fundadores da Associação de Exilados Políticos Portugueses (AEP61/74) em 2015. É actualmente Presidente da Direcção da Associação Movimento Cívico Não Apaguem a Memória-NAM.

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