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Sinopse

Nascido na zona rural do Minho em 1888 Manuel Gonçalves Cerejeira podia ter-se tornado num simples pároco de aldeia. Em vez disso, ascendeu ao posto mais alto da Igreja, tornando-se cardeal-patriarca de Lisboa entre 1929 e 1971 e uma figura fundamental, embora polémica, do século XX português.

Conservador e elitista ou renovador e humilde? Amante do luxo e da riqueza ou atento à pobreza e defensor dos mais oprimidos? Homem caloroso ou autoritário? Sinuoso ou insinuante? Alinhado com o Estado Novo ou defensor da independência da Igreja em relação ao regime de Salazar, seu amigo íntimo desde os tempos de Coimbra? Defensor da vida e dos direitos humanos ou silencioso perante a violência da PIDE, a guerra colonial e a censura?

A autora traz-nos a biografia do «Príncipe da Igreja», do historiador, intelectual, académico, prelado e figura cimeira da Igreja portuguesa, e desvenda algumas facetas pouco conhecidas do seu percurso. Por exemplo, o seu gosto por Jean-Paul Sartre, nos antípodas das suas concepções morais e políticas, entre outros autores colocados no Index da Igrejaou ainda o facto de se ter erguido contra o totalitarismo e a criação da Mocidade Portuguesa pelo Estado Novo.

Quando tomou posse como patriarca, o seu objectivo era recristianizar a sociedade portuguesa, mas no momento da sua exoneração a laicização da sociedade portuguesa era crescente e o mundo por que tanto lutara ameaçava ruir.

Irene Flunser Pimentel venceu no ano de 2007 o Prémio Pessoa e é doutorada em História Contemporânea com uma tese sobre a PIDE/DGS, polícia política do Estado, entre 1945 e 1974. Licenciou-se em História pela Faculdade de Letras da Universidade Clássica de Lisboa, em 1984.

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Autor

Irene Flunser Pimentel

Mestre em História Contemporânea (Século XX) e doutorada em História Institucional e Política Contemporânea, pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Investigadora do Instituto de História Contemporânea (FCSH da UNL), autora de História das Organizações Femininas do Estado Novo (2000, Prémio Carolina Michaëlis em 1999), de Judeus em Portugal durante a Segunda Guerra Mundial. Em Fuga de Hitler e do Holocausto (2006, Prémio ex-aequo Adérito Sedas Nunes, atribuído pelo Instituto de Ciências Sociais em 2007), de A História da PIDE (2007, Prémio Especial Máxima em 2008), de Tribunais Políticos. Tribunais Militares Especiais e Tribunais Plenários durante a Ditadura e o Estado Novo, em coautoria com Fernando Rosas, João Madeira, Luís Farinha e Maria Inácia Rezola (2009), de A cada um o seu lugar (2011, Prémio Ensaio 2012 da Máxima), de O Caso da PIDE/DGS (2017), de Holocausto (2020, vencedor do Prémio Fundação Calouste Gulbenkian, na categoria «História da Europa», em 2021) e de Informadores da Pide – Uma Tragédia Portuguesa (2022). Distinguida com o Prémio Pessoa em 2007 e com o Prémio Seeds of Science, na categoria «Ciências Sociais e Humanas», em 2009, e condecorada com a Ordem Nacional da Legião de Honra pelo Governo de França em 2015. 

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