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A Cada Um o Seu Lugar

Irene Flunser Pimentel

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Detalhes do Produto

Sinopse

Prémio Pessoa, 2007
Prémio Seedsof Science, 2009


Um “lugar para cada um e cada um no seu lugar”era uma das normas preferidas de AntónioCarneiro Pacheco, ministro da EducaçãoNacional de Salazar. Esta frase podia ter sido proferidapelo próprio Salazar ou por um dos principais mentoresdo seu regime: indica elitismo, uma vontade de mantercompartimentações sociais estanques – sem mobilidadeprofissional, social e política – e revela uma noçãodeterminista segundo a qual cada um nasceria com amissão de desempenhar determinadafunção. A frasetambém se aplicava evidentemente às mulheres, àsquais o Estado Novo atribuiu um lugar e um papel específicos– diferentes consoante a classe a que pertencia– no seio da família e da sociedade.

Reeducar as mulheres adultas, enquadrando-as numa organizaçãoestatal, foi o objectivo de Carneiro Pacheco ao fundar, em 1936, aObra das Mães para a Educação Nacional (OMEN), que, por seuturno, ficou de criar, em 1937, e dirigir a Mocidade Portuguesa Feminina(MPF), com o intuito de complementar a Escola, educandoas crianças do sexo feminino e as jovens.Estas organizações transmitiram uma ideologia única e a noção deque a mulher tinha uma missão exclusiva, assim como quiserammoldar as mulheres e as jovens no sentido de as adaptar e pôr aoserviço do Estado Novo e da Igreja Católica.

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Autor

Irene Flunser Pimentel

Mestre em História Contemporânea (Século XX) e doutorada em História Institucional e Política Contemporânea, pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Investigadora do Instituto de História Contemporânea (FCSH da UNL), autora de História das Organizações Femininas do Estado Novo (2000, Prémio Carolina Michaëlis em 1999), de Judeus em Portugal durante a Segunda Guerra Mundial. Em Fuga de Hitler e do Holocausto (2006, Prémio ex-aequo Adérito Sedas Nunes, atribuído pelo Instituto de Ciências Sociais em 2007), de A História da PIDE (2007, Prémio Especial Máxima em 2008), de Tribunais Políticos. Tribunais Militares Especiais e Tribunais Plenários durante a Ditadura e o Estado Novo, em coautoria com Fernando Rosas, João Madeira, Luís Farinha e Maria Inácia Rezola (2009), de A cada um o seu lugar (2011, Prémio Ensaio 2012 da Máxima), de O Caso da PIDE/DGS (2017), de Holocausto (2020, vencedor do Prémio Fundação Calouste Gulbenkian, na categoria «História da Europa», em 2021) e de Informadores da Pide – Uma Tragédia Portuguesa (2022). Distinguida com o Prémio Pessoa em 2007 e com o Prémio Seeds of Science, na categoria «Ciências Sociais e Humanas», em 2009, e condecorada com a Ordem Nacional da Legião de Honra pelo Governo de França em 2015. 

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