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Sinopse

No nosso quadro jurídico-constitucional, o reconhecimento da liberdade individual no campo do acesso à justiça legitima a escolha das partes quanto ao meio de resolução de litígios, incluindo a arbitragem, respeitadas garantias jurisdicionais comuns.
A presente obra propõe-se a analisar a arbitragem societária tanto à luz do direito atualmente vigente, como na perspetiva do direito a constituir. No plano do direito constituído, defendemos que a arbitragem societária encontra fundamento nos diplomas legais em vigor (incluindo o Código das Sociedades Comerciais) e na Constituição, podendo ser validamente utilizada na resolução de litígios societários, desde que respeitados certos pressupostos e superadas algumas incertezas iniciais. A Lei da Arbitragem Voluntária (LAV) mantém-se como o quadro legal aplicável à generalidade dos procedimentos arbitrais.
Em Portugal, o Regulamento de Arbitragem Societária do Centro de Arbitragem Comercial introduz adaptações que permitem acomodar o procedimento comum às especificidades das relações intrassocietárias.
No plano do direito a constituir, sustentamos que a publicação de uma lei específica dedicada à arbitragem societária reforçaria a segurança e a certeza jurídicas, contribuindo para o desenvolvimento harmonioso do ordenamento jurídico. Mesmo na eventualidade de uma futura intervenção legislativa, as reflexões suscitadas na presente obra conservarão a sua relevância, porquanto se debruçam sobre problemáticas estruturais que, inevitavelmente, continuarão a emergir nos litígios societários.
Importa ainda destacar que este trabalho resulta de uma análise crítica e comparada, onde se refletem diferentes posições doutrinárias, bem como as soluções consagradas na jurisprudência e na legislação de diversos ordenamentos jurídicos, com o intuito de oferecer uma visão abrangente e fundamentada sobre o tema.

ÍNDICE

1. Litígios intrassocietários, Constituição e lei
2. Arbitrabilidade dos litígios societários
3. Conteúdo e natureza da cláusula compromissória estatutária
4. Interpretação da cláusula compromissória estatutária
5. Consentimento e vinculação dos sócios
5.1. É exigida unanimidade ou maioria para a inserção ou alteração de uma cláusula compromissória nos estatutos de uma sociedade? O sócio que não votou favoravelmente a inserção ou alteração dessa cláusula compromissória deve ser tutelado especialmente?
5.2. Os sócios futuros que ingressam na sociedade
ficam vinculados à cláusula compromissória?
6. Consentimento e vinculação da sociedade
7. Consentimento e vinculação dos titulares dos órgãos sociais
8. Incumprimento da cláusula compromissória estatutária
9. Problemas relativos à competência
10. Problemas relativos à pluralidade de partes
11. Eficácia intraomnes do caso julgado arbitral na impugnação de deliberações sociais
12. A “omnilateralidade” parassocial e a tutela jurisdicional intrassocietária

ANEXOS
| Anteprojeto da APA – versão para discussão de 06 de maio de 2016
| Regulamento de arbitragem societária da APA – versão para discussão de 06 de maio de 2016
| Proposta de diploma relativo à arbitragem societária (secretaria de Estado da Justiça) de 18 de abril de 2018
| Regulamento de arbitragem societária do Centro de Arbitragem Comercial da Câmara de Comércio e Indústria Portuguesa (2021)

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Autor(es)

Catarina Monteiro Pires

Licenciada, Mestre e Doutora em Direito, é Professora da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa e dedica-se ao ensino e à investigação das áreas do Direito das Obrigações, do Direito Societário, do Direito Bancário, do Direito Comercial Internacional e do Direito da Arbitragem. Em paralelo, tem um percurso de 20 anos de experiência como Advogada, cerca de dez anos na área de prática de "fusões, aquisições e mercado de capitais" e outros dez anos na área de contencioso e arbitragem. Atualmente, concentra a sua atividade prática na resolução de litígios, atuando como árbitra independente e como jurisconsulta em litígios nacionais e internacionais, com diferentes direitos aplicáveis ao mérito. Publicou vários artigos e estudos e, entre os livros mais recentes, além desta obra, Impossibilidade da Prestação, publicou em 2021 Direito das Obrigações em Tempos de Calamidade. Reflexões durante um ano de pandemia (Autora), em 2020 Manual de Arbitragem Internacional Lusófona, vol. I (Co-coordenadora e Co-autora), em 2019 Contratos, I, Perturbações na Execução (Autora) e, em 2018, Aquisição de Empresas e de Participações Acionistas. Problemas e litígios (Autora). Na mesma editora, publicara anteriormente, em 2010, Alienação em Garantia. Tem ensinado e participado em conferências e júris de doutoramento e de mestrado em vários países lusófonos. www.catarinamonteiropires.com

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