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Sinopse

Estranham se calhar o título: Ainda.
O meu primeiro livro de poemas data de 1961. Eu tinha 21 anos e a ideia de que poderia ser escritora para sempre. Sei que o para sempre não existe. Ainda menos com a poesia, matéria fugidia que escapa ao nosso desejo, feita de uma substância de que só nos apercebemos quando chegamos à palavra certa, a que se busca e nem sempre se encontra. Ainda, neste ano de 2024, significa que se mantém o desejo, e de algum modo o sentido do poético me encontrou e veio ter comigo, neste momento em que o planeta explode, e o nosso olhar tem de se virar para fora e não apenas para dentro, onde as palavras se escondem. Direi, como na Menina e Moça de Bernardim Ribeiro, que o livro “é o que vai escrito nele”. Ainda.

Yvette K. Centeno

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Autor

Yvette K. Centeno

Yvette K. Centeno nasceu em Lisboa, em 1940, numa família de origem germano-polaca. É casada, tem quatro filhos, e em sua casa a música e a literatura estiveram sempre presentes. Licenciou-se em Filologia Germânica com uma dissertação sobre O homem sem qualidades, de Musil, e doutorou-se com uma tese sobre A alquimia no Fausto de Goethe. É desde 1983 Professora Catedrática da Universidade Nova de Lisboa, onde fundou o Gabinete de Estudos de Simbologia, actualmente integrado no Centro de Estudos do Imaginário Literário. Ainda em estudante interessou-se por teatro, escreveu peças e rábulas, fundou o CITAC em Coimbra. Tem publicado literatura infantil, ensaio de investigação, poesia, teatro e ficção, com romances como Três histórias de amor (1994), Os jardins de Eva (1998) e Amores secretos (2006), tendo parte da sua obra traduzida em França, Espanha e Alemanha. Entre os autores que traduziu contam-se Shakespeare, Goethe, Stendhal, Brecht, Celan e Fassbinder.

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