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Sinopse

A Vénus de Botticelli é aqui uma bela jovem, negra e nua, de rebeldes cabelos soltos, nascendo numa concha-útero, uma figura não silenciosa, como a do quadro, mas dotada de uma voz encantatória, como a das sereias. No entanto, ao contrário destas, não é um ser maléfico, mas uma deusa benfazeja, como Iemanjá: mulher-milagre, cúmplice de todas as mulheres, mãe, filha, irmã, amante, artista, a nova mulher africana, forte e poderosa, nascendo de gerações e gerações de mulheres sofridas, exploradas, emudecidas e martirizadas, não só pelos colonialismos europeus como pelas suas próprias culturas nativas. Encontramos características sem dúvida frequentes nas gentes de Cabo Verde (e não só), que, através de naufrágios, perdas, desespero, infortúnios e mortes, não perdem o dom da humanidade nem o dom do amor e da esperança.


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Autor

Vera Duarte

Vera Valentina Benrós de Melo Duarte Lobo de Pina, mais conhecida por Vera Duarte, nasceu no Mindelo em 1952 e integra o grupo de escritores cabo-verdianos com maior ressonância internacional. A sua escrita tem sido reconhecida por críticos de renome, estudada em várias universidades e distinguidas com alguns prémios internacionais, de entre eles o Prémio Tchicaya U Tam’si de Poesia Africana.

A sua vida literária está enraizada ao seu ativismo literário-cultural, iniciado em tertúlias enquanto estudante de Direito em Portugal e em participações no jornal Voz di Povo e na Revista Raízes, em Cabo Verde.

Vera Duarte estreou-se como autora em 1993, com o livro de poesia Amanhã Amadrugada, seguindo-se O arquipélago da paixão (2001), Preces e súplicas ou os cânticos da desesperança (2005), Exercícios poéticos (2010), A candidata (2003), Construindo a utopia (2007), Matriarca: Uma história de Mestiçagens (2017), e Risos e Lágrimas (2018). Em 2019, publica pela Rosa de Porcelana Editora a sua antologia poética A Reinvenção do Mar.


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