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A Homossexualidade no Tempo de Salazar

António João

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Detalhes do Produto

Sinopse

A escassez de trabalhos que reflitam sobre a especificidade das vivências homoafetivas entre indivíduos anónimos em Portugal ao longo de um período em que tal era considerado crime, tornou este estudo necessário. Muito embora a medicalização da homossexualidade e a criminalização das práticas sexuais homossexuais tenham antecedido, no tempo, o período em que vigorou a ditadura do Estado-Novo, o presente trabalho visa, em particular, esse período historiográfico. No entanto, e para uma mais bem conseguida contextualização, são referidos os momentos-chave em torno da criação da figura da/do homossexual, anteriores ao período do Estado-Novo e, igualmente, esmiuçadas as implicações que outros modelos relacionais entre pessoas do mesmo sexo anteriores tiveram sobre ela.
Para a compreensão das idiossincrasias destas corporalidades a análise debruçou- se em particularidades como o dia a dia desses corpos, as suas linguagens ocultas e maneiras de comunicarem entre si; é também analisada a sua auto-perceção, as suas fugas e os seus encontros com a sua própria identidade que se vinha desenhando através da congregação do par poder-saber. Assim, e para que essas realidades possam ser entendidas, processos relativos a indivíduos homossexuais existentes em três arquivos concretos (Arquivo da Polícia Judiciária de Lisboa, Arquivo Histórico da Direção Geral dos Serviços Prisionais de Lisboa e Arquivo Histórico Militar) são alvo de análise. Os arquivos serão lidos a contrapelo, pondo os fantasmas e os seus muitos silêncios em diálogo permanente com o momento presente; esses processos ajudarão a melhor entender a forma como a criminalização desses sujeitos se deu em Portugal durante o período em questão.
Hoje, importa pensar no peso que permanece nos muitos e diferentes corpos da figura da homossexualidade, fruto de uma época em que eram oficialmente perseguidos. Importa pensar, também, em novas formas de resistir, e em novas formas de existir. A multidão queer assume, a este respeito, um papel de grande relevo.

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Autor

António João

António João é doutorado em História Contemporânea na NOVA FCSH. Bolseiro FCT (SFRH/BD/132086/2017), realizou a Tese de Doutoramento “A Criminalização das Práticas Homossexuais ao tempo do Estado Novo: poderes, saberes e experiência”, orientada por José Neves (IHC--NOVA FCSH) e Tiago Pires Marques (CES-Universidade de Coimbra). Investigador no grupo de investigação “Cultura, Identidade e Poder” do Instituto de História Contemporânea (IHC) na NOVA FCSH. Tem trabalhado a homossexualidade e a sua história em Portugal, tendo, como publicações destacadas: “A Patologização dos 'leprosos do sexo' durante o Estado Novo e a sua herança. Um estudo sobre a homossexualidade masculina”, in A Saúde Reinventada. Novas Perspetivas Sobre a Medicalização da Vida, organizado por Tiago Pires Marques e Sílvia Portugal. Coimbra: Almedina, 2021. Publicou, ainda, “Vigiar, punir e regenerar: as vulnerabilidades do corpo homossexual durante o Estado Novo”, in Dissidências e resistências homossexuais no século XX português, organizado por António Fernando Cascais. Lisboa: Letra livre.

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