A sensibilidade narrativa, capaz de evocar reflexões que ultrapassam o enredo, revela a força original desta obra. Mais do que contar uma história, Aldeia Perdida convida-nos a perscrutar, entre sombras e silêncios, a encenação profunda da vida humana – esse palco onde, entre a luz e a sombra, os destinos se desenham.

O Autor relaciona a “Aldeia Perdida” a um rincão do Ribatejo onde se passa uma parte desta história que em que se procura contar em pinceladas breves, porque o propósito não é o rigor frio da História, a dureza de um único homem que infligiu a todo um povo a que chamava seu e se espalhava por um estranho “Império” totalmente abandonado por maldade e puro sadismo e que, mesmo depois da Revolução de Abril e da independência das Colónias, ainda se sente dolorosamente esquecido, apesar das grandes conquistas que essa revolução também proporcionou em diversas áreas.

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