“Se acaso ainda te lembrares de mim,

  Deixa umas poucas memórias inscritas no chão do tempo.

  Preserva-as do vento e da brisa do esquecimento,

  Não vão eles obliterá-las para todo o sempre

  Como a cinza em que se tornou meu estro ao chegar o fim.”

                                                                                                (Aldo Lupo)

Cinco pequenas histórias. Tal como eu conheci a diversidade ao longo da minha existência, também dela se compõe este pequeno volume recheado de retalhos de vidas de gente anónima que se entrecruza, se acotovela nas artérias das urbes e em cujo olhar se reflete o cansaço da turbulência do quotidiano.
Contudo, meu amigo, se despendesses um instante que fosse e olhasses bem nos olhos essa multidão que se move afanosamente em busca do seu rumo, quantas narrativas diferentes, quanta dor, quantos sorrisos, quantos segredos descobririas que teus dias encheriam de assombro.
Não me esqueci de todos aqueles com quem convivi e, se por acaso algum me ficou por mencionar, foi porque de viver com ele me descurei. Não sirvam de escusa a doença, as obrigações e os compromissos vários.
Perdão, é o que vos peço.