Detalhes do Produto
- Editora: Edita
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- Ano: 2023
- ISBN: 9789726363033
- Número de páginas: 94
- Capa: Brochada
Sinopse
A Sofia estava tão focada no trabalho que, quando chegava a casa, a sua cabeça continuava no trabalho. As noites eram passadas a pensar na melhor forma de resolver os problemas que ficaram pendentes, dormia cada vez menos. Os sintomas foram surgindo, agravando, foi avisada de que deveria abrandar, ela não quis ouvir.
A Sofia teve uma ideia. Comprou um bloco de notas com a capa em cabedal para fazer uma lista. Para quê? O que vai ela escrever? Passados tantos meses sem dar atenção aos sinais do corpo, numa manhã antes de ir para o trabalho, quem decidiu parar foi o seu próprio corpo, e a Sofia não podia fazer nada, já não podia decidir nem lutar. Foi diagnosticada com burnout, ansiedade e depressão. Não tinha forças para falar, levantar-se ou sequer respirar, doía-lhe o peito, existir causava-lhe dor. A mente estava ausente, cansada e completamente vazia. Estava exausta. Teve de parar e começar tudo de novo. Aprender a respeitar o seu corpo, aceitar as suas limitações, as suas dores e, o pior, pedir ajuda. Em 30 anos, nunca tinha pedido ajuda, a sua maneira de resolver os problemas era colocar numa caixa mágica as memórias menos boas e não falar ou pensar mais sobre isso. Ao iniciar os tratamentos, os sintomas foram-se intensificando, as caixas mágicas tiveram de ser abertas e remexidas. Isto trazia-lhe dor e sofrimento, estava agora numa luta contra o tempo para voltar ao trabalho o mais rapidamente possível, mas fazer uma simples tarefa levava-a à exaustão.
Impunha prazos a si própria e, baixa após baixa, afastava-se mais das suas metas irrealistas, o que a deixava ainda mais em baixo. Foram meses de luta contra si própria, estava em estado de negação. Os seus princípios, os seus padrões… fomos educados pelas gerações antigas a não questionar e o stress já é considerado um estilo de vida, está normalizado. O seu principal desafio passou a ser colocar-se em primeiro lugar, olhar para si, cuidar de si e reconhecer as feridas do passado para se conseguir curar. Na vida é preciso parar, olhar para os lados, pedir ajuda, recuar para poder avançar e agradecer. A alternativa é desistires e seres a espetadora da tua própria vida.
Será que o pior momento da vida de Sofia poderia vir a ser a melhor coisa que lhe aconteceu?
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