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Tributo às Gravuras do Vale do Rio Côa: as gravuras não sabem nadar

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Sinopse

Pedro Proença: «As gravuras procuram um tempo muito para lá do seu tempo, e encontraram-nos neste tempo. Não as acolher seria rejeitar uma dádiva que as pressupõe.»

Este livro foi publicado por ocasião da exposição «Tributo às Gravuras do Vale do Rio Côa», organizada por Ana Pessoa Mesquita, realizada no Museu do Côa, em Vila Nova de Foz Côa, de 14 de Março a 28 de Setembro de 2019, com os seguintes artistas: Manuel Zimbro, Graça Morais, Mário Cesariny, José Pedro Croft, Ângelo de Sousa, Gerardo Burmester, Fernando Calhau, Lourdes Castro, Alberto Carneiro, Albuquerque Mendes, Pedro Cabrita Reis, Rui Sanches, Julião Sarmento, Rui Chafes, Pedro Calapez, Ilda David’, Pedro Proença, Gisella Santi. 

«O desejo mais ansiado, a preservação das gravuras, acabaria por concretizar-se. Foram momentos felizes, aqueles. 
Por isso, o privilégio é grande, ao ter a oportunidade de proporcionar a outros o reviver daquele(s) momento(s), no espaço que agora é, definitivamente, o das gravuras rupestres do vale do rio Côa, e poder mostrar a arte que a arte despertou. 
Felizmente, não necessito de dissertar sobre as gravuras, sobre o seu valor, sobre o que representam para a humanidade, porque já tantos o fizeram e tão bem! Apenas tenho de expressar o sentimento egoísta de quem regressa a casa e pode disfrutar da beleza da paisagem agreste e única, dos seus odores fortes e dos contrastes de luz do fim de dia em qualquer altura do ano. 
E das gravuras, pois claro, que, afinal, nunca precisaram de aprender a nadar. 
[Ana Pessoa Mesquita] 

«O Vale do Côa é hoje considerado o mais importante sítio ao ar livre, com gravuras rupestres, no mundo. 
Nestas gravuras a céu aberto, temos o registo de uma origem, são como que fotografias, imagens retinianas que ficaram fixas para um tempo longo. É o significado profundo da fixação do visível, que é conhecimento, que é descolamento da realidade e, simultaneamente, a sua duplicação. É a criação de um mundo próprio, a recusa de uma Natureza severa e, em grande medida, hostil. Mas estas gravuras são também o desejo de travar o tempo. São os primeiros passos de uma humanidade que já conhece, conscientemente, a sua condição. Uma espécie que adquire uma poderosa ferramenta de sobrevivência, que está num campo de batalha, que se espraia por um muito extenso território, a descoberta de todo um inteiro mundo.»
[Duarte Belo]  


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