“Reaparecem agora os sonetos, isolados do conjunto que formavam com seis éclogas consonantes. Descrevem um amor iniciático e são, nas letras do seu tempo, “um curioso e raro conjunto”. A obra tinha sido editada em 1597, depois três vezes no século XVII e uma em 1875 [...]. há mais de cem anos, portanto, estes versos não interessavam a ninguém, em contraste com o século XVII, no qual foi negada a sua impressão por não ser ‘decente’ (conforme explicou um anónimo, achando frívolo o pretexto) “imprimirem-se obras poéticas amorosas compostas por um frade”. E Sílvia foi parar ao Índex, mesmo que as razões censórias não fossem apregoadas. O essencial é a beleza dos versos [...].”

Francisco Belard, Expresso, 1 de Maio de 1987.