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Sinopse

Certo de que a poesia não se faz de bons sentimentos, mas com palavras, Rasteiro pode bem fazer a encenação de toda a Literatura, falando de Borges, como se metonímia fosse:Serenamente, como se detivesse todo o tempodo mundo e toda a luz do astro-reiJorge Luís Borges lavou toda a bibliotecamergulhando os livros em água de rosas brancas,era o tempo do expurgo,há de certeza maneiras bem pioresde nos despirmos da inutilidade dos diaspassados em improfícuas quimeras.*Ah, só o livro «História Universal de la Infâmia»Escapou ao genocídio das limpezasNessa nebulosa aurora de 6 de Agosto de 1945quando Buenos Aires ainda abria a noitepois «os poetas, como os cegos, podem ver no escuro»Levamo-nos a sério e a ironia é essa. É que os outros (os que detestam a poesia) sabem que dementes e visionários - os poetas - são «novas estirpes de borboletas» (que palavra esta... subtil sarcasmo...) e estão entre o inferno e o céu. Como Rilke podem, se quiserem, assinar uma realidade nova. Esta não serve, diz João Rasteiro. É demasiado eloquente. Por isso a necessidade do poema: instaura o ruído. É motim.”António Carlos CortezIn Prefácio

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Autor

João Rasteiro

João Rasteiro (Ameal – Coimbra, 1965), poeta e ensaísta. Licenciado em Estudos Portugueses e Lusófonos pela Universidade de Coimbra, integra actualmente a Direcção do P.E.N. Clube Português. Integra ainda os Conselhos Editorias das Revistas DEVIR – Revista Ibero-americana de Cultura e Folhas – Letras & Outros ofícios.

Publicou em diversas revistas e antologias em Portugal, Brasil, Itália, França, Espanha, Finlândia, República Checa, Hungria, Moçambique, México, USA, Colômbia, Nicarágua e Chile, possuindo poemas traduzidos para o espanhol, italiano, catalão, inglês, francês, checo, japonês, finlandês, húngaro e occitano. Obteve vários prémios, mormente a ""Segnalazione di Merito"" Premio Publio Virgilio Marone, Itália, 2003 e o Prémio Literário Manuel António Pina, 2010. Foi um dos 20 finalistas do Prémio Portugal Telecom de Literatura (Poesia), 2012. Livros: A Respiração das Vértebras, 2001; No Centro do Arco, 2003; Os Cílios Maternos, 2005; O Búzio de Istambul, 2008; Pedro e Inês ou As madrugadas esculpidas, 2009; Diacrítico, 2010; A Divina Pestilência, 2011; Elegias, 2011; Tríptico da Súplica (Brasil), 2011; Pequeña Retrospectiva de la Puesta en Escena (Espanha, bilingue), 2014; Salamanca o la Memoria del Minotauro (bilingue, 2014); Solstício de Dezembro (Ed. restrita de autor, 2014); acrónimo, 2015; Ruídos e Motins, 2016; O gosto solitário do orvalho, 2016; a plaquete, ""Natal de quê? De quem?"", 2016, 2017, 2018, 2019; A Rose is a Rose is a Rose et Coetera, 2017 (2º ed. 2018); Eu cantarei um dia da tristeza (e-manuscrito, 2017); Poemas en Punto de Hueso: 2001-2017 (Espanha, bilingue, 2017; 2º ed. 2019), Levedura, 2019 e Governadores de Orvalho (contos), 2020. Em 2009 integrou o livro ""O que é a poesia?"" (Brasil), organizado pelo poeta Edson Cruz. Em 2012, 2017 e 2018 integrou, respectivamente, as antologias, ""Corté la naranja en dos"", (poesia portuguesa contemporânea, México, Ediciones Libera – compilação e tradução de Fernando Reyes da Universidade Nacional Autónoma do México), ""Voces de Portugal. Once poetas de hoy"" (Colección Series Mino, 2017 – tradução e coordenação de Pedro Sánchez Sanz) e, a antologia sobre a literatura portuguesa, em número especial organizada e editada pela revista Luvina, revista literária da universidade de Guadalajara, México, no âmbito da Feira do livro de Guadalajara em que Portugal foi o país convidado. Em 2009 e 2018 organizou antologias dedicadas à poesia portuguesa contemporânea, respectivamente: ""Poesia Portuguesa Hoje"" (Arquitrave, Colômbia) e ""Aquí, en Esta Babilonia"" (Amargord, Espanha). Integrou, desde a sua fundação, o ""Cabo Mondego Section of the Portuguese Surrealism"". Tem participado em diversos festivais literários (essencialmente de poesia), tanto em Portugal, como no estrangeiro, bem como na realização de Oficinas de Escrita Criativa, nomeadamente com os mais novos, em diversas escolas do país. Em 2017, o grupo 'Os Controversos' (com encenação e adaptação dramatúrgica de Ricardo Kalash) levou à cena a peça 'A rose is a rose', a partir do livro ""A rose is a rose is a rose et coetera"" (Edições Sem Nome, 2017). Tem participação diversa (letras), em vários CDs de Fado (Canção) de Coimbra. Vive e trabalha em Coimbra (Casa da Escrita / Município de Coimbra). Graça Capinha (FLUC/U.C.), afirma que a poesia de João Rasteiro: ""é uma poesia do corpo, físico e essencialmente do corpo da linguagem, com influências que vão desde Herberto Helder a Gertrude Stein"".


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