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RENAMO - Uma Descida ao Coração das Trevas

Paulo Oliveira

Sujeito a confirmação por parte da editora



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9,69 € 12,12 €

Detalhes do Produto

Sinopse

Assassinatos políticos, terrorismo, massacres, (des)in forma ção, propaganda, rapto de portugueses e soviéticos, contactos com o KGB, a vivência com o presidente da guerrilha Afonso Dhlakama, execuções sumárias, espionagem, mistério, e traição contínua, incluindo a eliminação dos dois secretários-gerais da guerrilha, em Pretória e Lisboa, pululam nas páginas do livro e mostram bem toda uma manipulação inerente aos processos militares e políticos que entranham esse coração das trevas do grande continente negro. E não faltam referências ao sombrio papel desempenhado pelas autoridades e serviços militares de informação portugueses - a DINFO - e os seus agentes no terreno, procurando ombrear com a AMI sul-africana, o BND da Alemanha Federal e outros.

Das matas africanas a acção salta para Portugal e Europa ocidental, e toda a trama envolvente, redundando quatro anos depois num regresso a Maputo, após a morte ‘acidentada’ de elementos da delegação em Lisboa, incluindo um antigo embaixador moçambicano, e o fi m misterioso de Samora Machel - aqui também analisado - e toda a subsequente transformação do regime. Afi nal, vai reencontrar um país que nada tem a ver com a terra que antes conheceu, tudo não passa de um tremendo murro nostálgico, numa terra entretanto coberta pelo denso manto da corrupção. Uma cidade cercada pela guerra, entorpecida pelas cálidas águas da baía, e onde não faltam as muitas tentações das sensuais e tórridas mulheres moçambicanas.

Tudo isto jorra impetuosamente no livro, em linguagem escorreita, por vezes ácida, mordaz, a roçar o cinismo. Em suma, um escrito crú, puro e duro.

A óbvia semelhança com pessoas e factos reais nunca é coincidência.

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Autor

Paulo Oliveira

Nascido em Lisboa a 18 de setembro de 1959, Paulo Oliveira vai com a família para Moçambique em agosto de 1960. Reside em Lourenço Marques (Maputo) até setembro de 1979, altura em que volta a Portugal. Foi praticante e instrutor de paraquedismo no Aeroclube de Moçambique, com licença de queda-livre, em 1978 e 1979, e cursou Engenharia Eletrotécnica na Universidade Eduardo Mondlane. Na capital portuguesa integra desde agosto de 1981 a ala externa do movimento que viria a ser a RENAMO, tendo assumido posteriormente o cargo de diretor da emissora Voz da África Livre, na África do Sul, de fevereiro de 1983 a 16 de março de 1984 - data do Acordo de Nkomáti entre o país do 'apartheid' e Moçambique. Parte desse período decorre no mato e em ‘departamentos especiais’ de Pretória. Enquanto na África do Sul, foi correspondente de diversos órgãos de informação portugueses. De novo em Lisboa, é diretor da revista da RENAMO, sendo nomeado porta-voz e, mais tarde, em 1986, delegado do movimento para a Europa Ocidental. Foi ainda nesse período jornalista na secção internacional e colaborador em diversos diários lisboetas. Sai da RENAMO em outubro de 1987 em divergência quanto ao excessivo controlo sul-africano e à linha de atuação do grupo, pondo fim a sete anos de colaboração com o movimento de guerrilha africano na área de psychological warfare - de guerra psicológica -, análise de informação e propaganda. Nos finais de 1987, edita um primeiro número de um boletim independente sobre Moçambique e a África Austral, o ‘Moçambique Hoje’. Em março de 1988, após a abertura do regime moçambicano, regressa a Maputo. Da vivência com o movimento de guerrilha compilou o escrito ‘RENAMO: uma Descida ao Coração das Trevas’, o Dossier Makwákwa. Da rede de conhecimentos e amigos no Cairo e, mais ao norte, no delta do Nilo, em Mahalla al-Kubra, e entre gente árabe nos banlieues parisienses, elabora material para mais um livro, um romance bem actual ‘Mak: Operação D7’, uma provocação ‘terrorista’. Tem como áreas de interesse a Teoria do Caos.

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