Não obstante existirem em português monografias
versando os temas da Psicologia e da Ética constantes
nos volumes dos Comentários a Aristóteles dos
Conimbricenses (1592‐1606), jamais uma tal matéria
havia sido estudada sistematicamente. Trata‐se tão‐só
da mais importante e mais internacional produção
filosófica portuguesa de todos os tempos, aqui lida, quer
numa acessível forma introdutória, quer perscrutandose
os horizontes da psicologia filosófica e da teoria do
conhecimento prévias a Descartes; da ética e da
metafísica post‐aristotélicas; e também do tópico do
não‐aristotelismo. Bastará esta última proposta, na sua
enunciação algo paradoxal, para que o leitor sobretudo
o interessado na filosofia aristotélica e na filosofia do
nosso País , ao ficar de sobreaviso relativamente às
tradicionais interpretações ou vulgarizações, possa
justificadamente esperar que a leitura da presente obra
lhe proporcione uma aventura histórico‐filosófica
inédita.
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Mário de Carvalho
Mário de Carvalho nasceu em Lisboa em 1944. Licenciou-se em Direito e viu o serviço militar interrompido pela prisão. Desde muito cedo ligado aos meios da resistência contra o salazarismo, foi condenado a dois anos de cadeia, tendo de se exilar após cumprir a maior parte da pena. Depois da Revolução dos Cravos, em que se envolveu intensamente, exerceu advocacia em Lisboa. O seu primeiro livro, Contos da Sétima Esfera, causou surpresa pelo inesperado da abordagem ficcional e pela peculiar atmosfera, entre o maravilhoso e o fantástico.
Desde então, tem praticado diversos géneros literários – Romance, Novela, Conto, Ensaio, Crónica e Teatro –, percorrendo várias épocas e ambientes, sempre em edições sucessivas. Utiliza uma multiforme mudança de registos, que tanto pode moldar uma narrativa histórica como um romance de atualidade; um tema dolente e sombrio como uma sátira viva e certeira; uma escrita cadenciada e medida como a pulsão de uma prosa endiabrada e surpreendente.
Nas diversas modalidades de Romance, Conto, Crónica e Teatro, foram atribuídos a Mário de Carvalho os prémios literários mais prestigiados (designadamente os Grandes Prémios de Romance e Novela, Conto e Teatro da APE, prémios do Pen Clube Português e o prémio internacional Pégaso de Literatura). Os seus livros encontram-se traduzidos em várias línguas.
Obras como Os Alferes, A Inaudita Guerra da Avenida Gago Coutinho, Um Deus Passeando pela Brisa da Tarde, O Varandim seguido de Ocaso em Carvangel, A Liberdade de Pátio ou Ronda das Mil Belas em Frol são a comprovação dessa extrema versatilidade.
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