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Psicanálise e Mudança Psíquica - Cartografias para uma Viagem

Celeste Malpique, Manuela Fleming

Sujeito a confirmação por parte da editora



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Sinopse

Este estudo utiliza metáforas (a Viagem, o Mar - o movimento e a mudança), pois elas constituem o tipo de comunicação mais frequente ou mesmo habitual na relação analítica. A associação livre do analisando corre paralela à atenção flutuante do analista e esse fluxo permite uma escuta do Inconsciente que os atira para a liberdade poética do simbólico, para a rêverie, para o jogo de palavras, e os conduz a memórias e emoções que se entrecruzam. Aí se ativa o pré-consciente, se situa o sonho feito de imagens e transcrito em palavras, aí pode ganhar sentido o que parecia bizarro e caótico, pode surgir a metáfora, forma condensada de linguagem simbólica muitas vezes mais elucidativa do que a interpretação elaborada pelo analista.

A psicanálise tem um tempo, tem uma duração, é uma experiencia intersubjetiva que se partilha e desenvolve porque espera que o par analítico navegue no mesmo barco. Ela é uma viagem que se faz ao interior de nós mesmos, não para rememorar o passado, mas para uma vivência partilhada e dramatizada no «aqui e agora» e, por isso mesmo, capaz de aprofundar o autoconhecimento e ocasionar mudanças em ambos os navegantes.

Sendo Viagem e Mar navegado, não dispensa uma Cartografia; tem objetivos e pontos cruciais de mudança. E, todavia, cada análise é absolutamente irrepetível e individual. A psicanálise é uma aventura e o mapa que se traça é desconhecido. É uma aventura à descoberta do Desconhecido! Analisamos aqui um caso clínico onde se evidencia esse processo e as suas vicissitudes, acompanhando em paralelo a viagem interior de dois personagens da literatura clássica, Ulisses, o herói da Odisseia de Homero (700 anos a.c.), e Édipo, o herói da tragédia Rei Édipo, de Sófocles (450 anos a.c.).

A Psicanálise foi inventada por Freud (século XIX) que estabeleceu o quadro e o método que fundamentam a técnica, mas a necessidade que o Homem tem de se conhecer a si mesmo faz parte da sua essência. O Homo Sapiens-Sapiens, «aquele que sabe que sabe», teve acesso à transcendência porque se interrogou sobre a sua origem e sobre o seu destino. Trazia apetência matricial para essa viagem interior!


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Autor(es)

Celeste Malpique

Nasceu em Lisboa, viveu dos 4 aos 17 anos em Luanda e, finalmente, foi no Porto que se estabeleceu e se formou em Psiquiatria. Foi com João dos Santos que passou a dar importância às relações interpessoais no desenvolvimento e à vantagem em aprofundar o autoconhecimento. Fez então grupo-análise com Eduardo Cortezão. Para iniciar a formação em Pedopsiquiatria, que tinha pouca implantação no Porto, concorreu a uma bolsa da OMS para Genebra, onde trabalhou com o Grupo de Ajuriaguerra.
No retorno, abriu no IAP (Instituto de Assistência Psiquiátrica) uma consulta de Psiquiatria Infantil, e, um ano mais tarde, fundou o Dispensário de Saúde Mental Infantil e Juvenil (Dispensário de Vilar), que dirigiu até 1993.
Membro Honorário da Sociedade Portuguesa de Psicanálise (SPP) desde 2017, participou ativamente e testemunhou um longo trajeto da instituição, tornando-se Membro Titular através do trabalho aqui apresentado: ""Da Capacidade de Estar Só"". É uma das fundadoras do Instituto de Formação e Terapêutica Psicanalítica do Porto (IFTP) da Sociedade Portuguesa dePsicanálise, como centro de divulgação e formação da região Norte do país, do qual se tornou reconhecida dinamizadora na área da formação. Foi ali coordenadora do primeiro curso de Formação de Psicanálise da Criança e do Adolescente (Committee for Children and Adolescents Psychoanalysis — International Psychoanalytical Association). No Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar da Universidade do Porto (ICBAS), foi professora catedrática convidada de Psicologia Médica, jubilada em 2000. Ao longo da sua vasta carreira profissional, cruzou a Medicina, a docência, a investigação e a escrita. Nos Colóquios do Porto de Psicanálise e Cultura, foi homenageada por vários colegas que consigo dialogaram acerca de um dos seus temas de eleição: a obra de Fernando Pessoa.
Além de inúmeros artigos científicos e participação ativa nas atividades e encontros psicanalíticos nacionais e internacionais, publicou os seguintes livros: (1990) A ausência do pai. Afrontamento; (1999) Pais/Filhos em consulta psicoterapêutica. Afrontamento; (2003) O fantástico mundo de Alice. Climepsi; (2010) Psicanálise e mudança psíquica. Coautoria Manuela Fleming. Afrontamento; (2012). Fernando em Pessoa: ensaios de reflexão psicanalítica. Fenda; (2015) Na Floresta do Alheamento: diálogo improvável com Fernando Pessoa. Chiado; (2022) As três idades de uma vida. Afrontamento; (2023) Da capacidade de estar só. Freud & Companhia.

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Manuela Fleming

Manuela Fleming é professora associada, com agregação, no Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar. É investigadora no Instituto de Biologia Molecular e Celular, Universidade do Porto, psicanalista e membro da Sociedade Portuguesa de Psicanálise e da International Psychoanalytical Association. É ainda membro da Direcção do Instituto de Psicanálise do Porto e Secretária Científica da Revista Portuguesa de Psicanálise. Publicou, nesta editora, os seguintes livros: Ideologias e Práticas Psiquiátricas (1976), Adolescência e Autonomia: o Desenvolvimento Psicológico e a Relação com os Pais (1993), Família e Toxicodependência (1996), A Psicanálise em Tempo de Mudança: contribuições teóricas a partir de Bion (1998), este último em co-autoria com Carlos Amaral Dias, e Dor Sem Nome. Pensar o Sofrimento (2003).

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