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Detalhes do Produto

  • Editora: Documenta
  • Categorias:
  • Ano: 2024
  • ISBN: 9789895681037
  • Número de páginas: 304
  • Capa: Brochada

Sinopse

Marta Mestre: «O estrondo propagado da “pororoca”, que inunda as margens, devolve-nos a ideia de que, até à nossa extinção como espécie, viveremos e morreremos juntos numa terra devastada.»

Excertos de textos de:

Ailton Krenak, Ana Vaz, Anna Lowenhaupt Tsing, Armando Queiroz, Bruce Albert, Bruno Latour, César Calvo, Clarice Lispector, Claudia Andujar, Davi Kopenawa, Déborah Danowsky, Donna Haraway, Eduardo Góes Neves, Eduardo Viveiros de Castro, Eliane Brum, Els Lagrou, Euclides da Cunha, Henry Bates, João Moreira Salles, Lucia Hussak van Velthem, Lúcio Flávio Pinto, Malcom Ferdinand, Manuela Carneiro da Cunha, Oswald de Andrade, Philippe Descola, Tim Ingold, Tõrãmũ Kehíri, Umusĩ Pãrõkumu, Vincent Carelli, Vinciane Despret, Werner Herzog.

Este livro foi publicado por ocasião da exposição Pororoca, de Cristina Lamas, realizada na Fundação Carmona e Costa, com curadoria de Natxo Checa, entre 29 de Outubro de 2022 e 11 de Março de 2023.

Derivada da língua tupi, a palavra «pororoca» (poro’roka) é uma onomatopeia que significa «estrondo» ou «estourar». Refere-se ao barulho de águas que se encontram, estourando, e traduz um fenómeno de ondas colossais que avançam sobre rios afundando barcos e alagando as margens. O processo ocorre quando os níveis das águas oceânicas se elevam e essas invadem a foz do rio, deixando um rasto de destruição. «Pororoca» conjuga o sublime e a beleza da violência, a vida e a morte. É como uma maldição pesando sobre toda uma paisagem.

Não é descabido, portanto, que uma exposição resultante da viagem de Cristina Lamas receba o título Pororoca. O elemento simbólico da «transformação» está presente nessa atribuição de sentido. As ideias de criação, recriação, e de destruição com vista ao renascimento, atribuem um sentido poético-antropológico à viagem, indo ao encontro do fundo mítico dos povos originários, as várias histórias primordiais do devir ameríndio.

[Marta Mestre]

Esta palavra dá voz ao rio Amazonas. Trata-se mais de pô-lo a falar, na sua língua, do que falar dele, isto é, representá-lo como objecto, mostrá-lo como paisagem (não há nenhuma paisagem nesta exposição). E dizendo isto, estou já a entrar numa zona de interpretação deste trabalho que remete para o tema ecológico, para questões que têm que ver com a vida do rio Amazonas e de todos os rios e ecossistemas, com a vida animal e a vida vegetal.

[António Guerreiro]

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Autor

Cristina Lamas

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