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Detalhes do Produto

Sinopse

«A linguagem marítima é diferente da terrena. Barco e rede abrem universos muito distintos de enxada ou motoreta. Também essa mudança de língua apaixonou o Ouve Lá. Pudesse enrolar-se como um feto no ventre da onda, pé na boca, olhos que ainda não se sabem abrir, mãos que ainda são punhos de brincar, tão frágeis. No mar as mãos não precisam de punhos prontos para o combate. Se existe luta, o mais sensato é o corpo não resistir, não entrar em braço de ferro com o manto líquido.»

Na semana da Grande Pesca, uma comunidade piscatória arrasta as redes pelo areal – pelas técnicas da arte-xávega – contendo o que nunca antes se tinha visto sair do mar: uma cadeira de pinho, uma mala fechada com aloquete dourado, um homem de fato. Vivo. Ainda pescariam uma grafonola.

No início do século xx convivem pescadores e alta burguesia, empresários, intelectuais e artistas numa praia à beira do Atlântico.

O polvo de prata não deixa o Assobio dormir, as mulheres admiram as pernas de cera da Senhora da Fábrica. As tempestades trazem as invasões sucessivas das ondas, saem sonhos das latas da Fábrica de Conservas. Quando o tempo aquecer, brilhará o Casino toda a noite: começa a música.

Depois de uma estreia fulgurante na ficção com Escavadoras, Marta Pais Oliveira regressa à prosa com um romance intenso e comovente que acompanha o dia a dia de um grupo de pescadores do norte do país. Personagens atravessadas pela paixão, o desalento e a esperança num outro futuro compõem o retrato memorável de um país e de uma época. Homens e mulheres divididos entre o cansaço e a solidão, a espera e os sonhos, num meio onde os contrastes sociais se acentuam e o mar e a tradição se diluem com a chegada do progresso.

Escrito com uma força narrativa singular, Faina confirma Marta Pais Oliveira como uma das vozes literárias mais originais e promissoras da sua geração.


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Autor

Marta Pais de Oliveira

Marta Pais Oliveira (Porto, 1990) é autora dos romances Escavadoras (Gradiva, 2021, Prémio Literário Revelação Agustina Bessa-Luís) e Faina (Gradiva, 2024, Finalista do Prémio Literário Fundação Eça de Queiroz).
Publicou os contos O Homem na Rotunda, Quando Virmos o Mar e Medula (Prémio Nortear Galiza - Norte de Portugal, levado a cena pela Peripécia Teatro). Tenho os Olhos a Florir (Gradiva, 2024) marca a entrada na literatura infantojuvenil. Recebeu o Prémio Literário Maria Amália Vaz de Carvalho com o inédito Como Caminhar num Pântano, que será publicado em 2026.
Enquanto dramaturga, escreveu os libretos das óperas Maria Magola, Madrugada: As razões de um movimento, Belo é o Destino Desconhecido, o teatro musical O Guarda-Rios Mágico e o Circo Cícero e o Milagre da Vida.
Estreia-se na não-ficção com A Última Lição de José Gil (Contraponto, 2025), longa entrevista ao filósofo.
Acaso é Nascer (Flâneur, 2025), edição solidária pelas crianças palestinianas, é o seu mais recente livro.
Acredita no poder e na liberdade da palavra.


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