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Detalhes do Produto
- Editora: Imprensa Nacional Casa da Moeda
- Categorias:
- Ano: 2011
- ISBN: 9789722718936
- Número de páginas: 240
- Capa: Brochada
Sinopse
De aparência modesta, Eduardo Libório (Lisboa, 1900-1946) apresentava aspectos
meteóricos. João de Freitas Branco recordava a sua conversa rápida, brilhante, como uma experiência
inesquecível. Mário de Sampaio Ribeiro via nele um temperamento revolucionário, capaz das maiores
ousadias. As excentricidades da sua conduta, que podiam repelir estranhos, eram, para os íntimos,
fonte permanente de alegres surpresas. Os versos e desenhos, que escrevia em papéis soltos para
distribuir pelos amigos, devem ter-lhes parecido simples faceta da sua imaginação em ebulição
constante. Por isso, é possível que tenham interpretado a sua morte prematura como um desastre total.
O recuo no tempo permite-nos uma perspectiva menos catastrófica.
Separados do fenómeno Libório,
os seus versos adquirem vida nova, à luz da sensibilidade do seu tempo. Torna-se aparente como, sem
ter pertencido a nenhum grupo literário, a sua poesia prenuncia a corrente surrealista, a qual só quase
dois anos após a sua morte entrou formalmente em Portugal.
O leitor deleitar-se-á com os acentos dalinescos dos poemas «Tirolinas» ou «Deixa-me perfumar a tua
calva»; o uso da ironia nas cartas a amigos; ou as suas sátiras alegres às jornadas patrióticas
promovidas pelo governo de então.
Gil Miranda (Lisboa, 1931), formado em Direito pela Universidade de Lisboa e em Composição pelo
Conservatório Nacional, tendo-se depois aperfeiçoado em Paris com Nadia Boulanger, dedicou o
grosso da sua carreira ao ensino da música em universidades dos EUA. Das suas obras recentes
destacam-se: Jorge Croner de Vasconcellos Vida e Obra Musical, Lisboa, Musicoteca, 1992; e Jorge
Croner de Vasconcellos 1910-1974 Catálogo Razoado da Obra Musical (Catalogue raisonné of the
musical works), Lisboa, BN, 2004.