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Páginas de Pensamento Político - Vol. II (1925-1936) - Obras em Prosa de Fernando Pessoa

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Fernando Pessoa

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Sinopse

No jornal italiano Avanti, de 21 de Janeiro de 1913, vem um artigo em que se lê o seguinte, que peço ao leitor que, palavra a palavra, acompanhe e medite:
Estamos na presença de uma Itália nacionalista, conservadora, clerical, que se propõe fazer de espada a sua lei e do exercito a escola da nação.
Previmos esta perversão moral: não nos surpreende.
Erram porém os que pensam que esta preponderância do militarismo é sinal de força. As  nações fortes não têm o sentido das proporções. A Itália nacionalista e militarista mostra que não em esse sentido. E assim sucede que uma reles guerra de conquista é celebrada como se fosse um triunfo romano.
Ignoro a que propósito imediato se escreveram essas linhas. Ignoro e não importa. São elas para mais justo, o mais claro e o mais cruel comentário de quanto hoje, vinte e dois anos depois, se está passando na Itália,ou, melhor, com a Itália.
Ao jornalista casual coube o lampejo de verdadeiro espírito profético.
Felizmente o artigo é assinado, de sorte que não falta o nome, nem portanto a honra, ao iluminado dessa súbita inspiração.
O autor do artigo do Avanti é o Sr. Benito Mussolini.
Não ter ele fixado residência em profeta!...

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Autor

Fernando Pessoa

Um dos maiores génios poéticos de toda a nossa Literatura e um dos poucos escritores portugueses mundialmente conhecidos. A sua poesia acabou por ser decisiva na evolução de toda a produção poética portuguesa do século XX. Se nele é ainda notória a herança simbolista, Pessoa foi mais longe, não só quanto à criação (e invenção) de novas tentativas artísticas e literárias, mas também no que respeita ao esforço de teorização e de crítica literária. É um poeta universal, na medida em que nos foi dando, mesmo com contradições, uma visão simultaneamente múltipla e unitária da Vida. É precisamente nesta tentativa de olhar o mundo duma forma múltipla (com um forte substrato de filosofia racionalista e mesmo de influência oriental) que reside uma explicação plausível para ter criado os célebres heterónimos - Alberto Caeiro, Álvaro de Campos e Ricardo Reis, sem contarmos ainda com o semi-heterónimo Bernardo Soares.

Fernando Pessoa nasceu em Lisboa em 1888 (onde virá a falecer) e aos 7 anos partiu para a África do Sul com a sua mãe e o padrasto, que foi cônsul em Durban. Aqui fez os estudos secundários, obtendo resultados brilhantes. Em fins de 1903 faz o exame de admissão à Universidade do Cabo. Com esta idade (15 anos) é já surpreendente a variedade das suas leituras literárias e filosóficas. Em 1905 regressa definitivamente a Portugal; no ano seguinte matricula-se, em Lisboa, no Curso Superior de Letras, mas abandona-o em 1907. Decide depois trabalhar como "correspondente estrangeiro". Em 1912 estreia-se na revista A Águia com artigos de natureza ensaística. 1914 é o ano da criação dos três conhecidos heterónimos e em 1915 lança, com Mário de Sá-Carneiro, José de Almada-Negreiros e outros, a revista "Orpheu", que dá origem ao Modernismo. Entre a fundação de algumas revistas, a colaboração poética noutras, a publicação de alguns opúsculos e o discreto convívio com amigos, divide-se a vida pública e literária deste poeta.

Pessoa marcou profundamente o movimento modernista português, quer pela produção teórica em torno do sensacionismo, quer pelo arrojo vanguardista de algumas das suas poesias, quer ainda pela animação que imprimiu à revista "Orpheu" (1915). No entanto, quase toda a sua vida decorreu no anonimato. Quando morreu, em 1935, publicara apenas um livro em português, "Mensagem" (no qual exprime poeticamente a sua visão mítica e nacionalista de Portugal), e deixou a sua famosa arca recheada de milhares de textos inéditos. 

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