Partilhar

+5% em Cartão Almedina
Desconto: 20%
7,12 € 8,90 €

Detalhes do Produto

Sinopse

Henry Beyle, mais conhecido como Stendhal, entrou nos caminhos do romance movido pela necessidade de conhecer o seu próprio «Eu». Daí que a marca profundamente autobiográfica tenha sobremaneira influenciado a sua forma de escrever.
É certo que Os Privilégios, obra póstuma e de cariz marcadamente autobiográfico, foram durante muitos anos renegados e esquecidos por entre as outras obras-primas do autor, por revelar uma outra faceta deste cultor das paixões humanas e do «egotismo».
Assim, neste texto fulgurante, estruturado em vinte e três artigos, como se tivessem sido ditados por um «God» que o teria visitado durante o sono, Stendhal tem a oportunidade de se reencontrar com todos os seus desejos, todos, mesmo os mais íntimos, mesmo os mais ousados, mesmo os mais secretos.
Não será este um sonho comum a todos os homens?
Mas esta obra é também um marco da genialidade sublimada da escrita de Stendhal. Em apenas algumas dezenas de páginas, ele refaz o mundo segundo um ideal de beleza, embebe a sua escrita dum universo mágico e maravilhoso e convida mais uma vez os leitores, «os raros apenas», a entrar neste universo que é o «espelho que passeia ao longo dum caminho»: o seu.
«Pequenos em tamanho, Grandes em qualidade»

Ler mais

Autor

Stendhal

Stendhal era apenas um dos vários pseudónimos usados por Henri Beyle, escritor francês nascido no dia 23 de janeiro de 1783, em Grenoble. Tendo ficado órfão de mãe com apenas sete anos, Henri partiu para Paris em 1799 com o pretexto de se matricular na École Polytechnique mas, no fundo, a sua verdadeira intenção era fugir à disciplina paterna para se tornar um famoso dramaturgo. Seria, no entanto, pelos seus romances que Stendhal ficaria conhecido.

Três anos mais tarde, depois de uma passagem pelo exército de Napoleão que o levara até Itália, Stendhal encontra-se de novo em Paris, envolvido em vários projetos literários que nunca chegariam a ser concluídos. Nessa altura, a sua grande ambição era tornar-se um novo Moliére.

No ano de 1806, Henri Beyle foi nomeado comissário militar adjunto na cidade alemã de Brunswick, o que marcou o início de uma carreira que lhe permitiu conhecer a Alemanha, a Áustria e a Rússia.

Com a queda do Império Francês, em 1814, Henri decidiu instalar-se em Milão. A esta mudança para Itália corresponde a afirmação da carreira literária de Stendhal. As suas amizades políticas em Milão não eram bem vistas pelas forças ocupantes austríacas, tendo o escritor regressado a Paris no ano de 1821. Até 1830, a vida de Stendhal em Paris é marcada por uma intensa atividade social e intelectual. O aparecimento do seu "Racine et Shakespeare", em 1823, é considerado um dos primeiros manifestos do Romantismo em França.

Com a monarquia constitucional de Louis-Philippe, resultado da revolução de julho de 1830, Henri é nomeado cônsul no porto de Civitavecchia, nos Estados Papais. Isolado e longe da intensa vida parisiense, Stendhal encontra muitos obstáculos à sua escrita, tendo por isso dedicado o seu tempo a narrações de carácter autobiográfico. Nesta última fase da sua vida, Stendhal produziu alguns dos títulos mais importantes da sua obra. Quando morreu, no dia 23 de março de 1842, Stendhal estava de licença em Paris. Deixou-nos obras magníficas como "O Vermelho e o Negro" e "A Cartuxa de Parma" e uma série de fabulosos contos.

Ler mais