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Sinopse

Santiago do Chile, Setembro de 2019. Num beco escuro, encurralados por dois blindados conduzidos por carabineros, dois vultos temem pela vida. Um deles é Afonso Cruz.

Punta Arenas, Outubro de 2019. Um jipe em contramão embate num carro a caminho do Museu de História Natural. Afonso Cruz é um dos passageiros.

A partir de uma viagem atribulada ao Chile, Afonso Cruz escreve sobre a eminência do fim, pessoal (também o seu) e colectivo, daí resultando esta novela-ensaio, reflexão terna e desapiedada sobre o fim das coisas: o fim do mundo, nas suas mais variadas versões; o deserto de Atacama, onde as mulheres continuam a revolver a areia em busca de partes do corpo dos maridos e dos filhos, vítimas da ditadura de Pinochet; o fim das tribos indígenas, das línguas; o planeta que se afunda; vidas trocadas por botões; o pó de onde todos viemos e a que todos regressaremos… Mas, numa nota de esperança e como uma vela na escuridão, Afonso Cruz lembra-nos, parafraseando Saint-Exupéry, que não é a cera que fica, mas o que a chama iluminou.


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Amostra

Autor

Afonso Cruz

Afonso Cruz é o multipremiado autor de romances como Para onde vão os guarda-chuvas ou Jesus Cristo bebia cerveja.

Recebeu, entre outros: Grande Prémio de Literatura de Viagens Maria Ondina Braga, atribuído pela Associação Portuguesa de Escritores; Prémio Fernando Namora; Prémio Sociedade Portuguesa de Autores; Prémio Time Out - Melhor Livro do Ano; Prémio da União Europeia para a Literatura; Grande Prémio de Conto Camilo Castelo Branco; Prémio da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil do Brasil (FNLIJ) e Prémio Literário#Maria Rosa Colaço. Assina, desde Fevereiro de 2013, uma crónica mensal no Jornal de Letras, Artes e Ideias sob o título «Paralaxe».

Os seus livros estão traduzidos para mais de vinte línguas.

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