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O Lavrador da Boémia

Johannes von Saaz

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Detalhes do Produto

Sinopse

Em O Lavrador da Boémia temos combate que identifica o amor perdido com tudo o que na natureza possa simbolizá-lo, as coisas boas, a Primavera e o Verão, as flores, tudo o que vive, a própria perfeição do corpo humano, os seus sentidos, a vista, o ouvido, o tacto, o cheiro e o paladar, tão perfeitos - como pode o Deus que tal criatura fez, o humano, ser o mesmo que inventou a figura da Morte como poder celeste instalado, fronteira obrigatória. Quem concebeu esta perfeição não poderá ser a mesma criatura que a impede de viver o que será o seu ciclo natural. É contra isso que o Lavrador guerreia e dirige as suas armas argumentativas.

O que Saaz realiza no Lavrador é, não só a denúncia de uma morte injusta, portanto, sem o fazer directamente, de um erro divino, mas também, pela qualidade da criação poética, fazer permanecer para além dos tempos uma notícia que ganha a dimensão perene de um texto clássico - a vida do texto ganha corpo, de facto, na tenção psíquica, real e não apenas retórica, de um confronto entre duas vozes cénicas, o Lavrador Saaz, e a Morte, instrumento de Deus munido de ciência teológica.

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Autor

Johannes von Saaz

Johannes von Saaz: autor medieval de língua alemã, nascido provavelmente na vila de Schuttwa nos sudetas, entre 1342 e 1350, bem no meio de uma epidemia de peste que varreu a Europa, no início do reinado de Carlos IV. Entre 1358 e 1368 frequenta a escola do mosteiro de Tepl. Parte depois para fazer estudos universitários em Praga, Bolonha e Pádua, eventualmente em Paris. Trabalha na chancelaria de Praga e obtém o cargo de notário municipal e de reitor da Escola da vila de Saaz, daí o seu nome. Na altura da morte da esposa Margaretha escreve O Lavrador da Boémia, que o tornará célebre. Não existe traço algum de outros escritos literários. Saaz é considerado precursor de grandes humanistas, tais como Erasmo, Thomas More e Rabelais

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