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Detalhes do Produto

Sinopse

Em setembro de 1974, Lourenço Marques testemunhou um crime sem perdão que originou incontáveis mortos, na esmagadora maioria negros - graças à loucura e irresponsabilidade de um punhado de brancos que, sentindo o seu mundo de privilégios a ruir, se lançou numa aventura sem sentido, arrastando emocionalmente milhares de compatriotas que, desinformados e impreparados politicamente, naquele contexto eram presa fácil de qualquer patrioteirismo rasteiro. O resultado foi, num primeiro momento, uma euforia balofa, difundindo via rádio desejos e boatos como realidades - com os seus membros mais exaltados entregando-se, ao som do Rádio Clube de Moçambique assaltado, a uma autêntica orgia de sangue negro nas ruelas sem esgoto do caniço. Ao terceiro dia, o medo que se havia apoderado da população negra, que ouvia a rádio apelando à intervenção sul-africana e rodesiana, transformou-se em levantamento geral sob a forma de uma marcha de catanas sobre a cidade branca.

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Autor

Ribeiro Cardoso

RIBEIRO CARDOSO nasceu no Porto em maio de 1945. Licenciado em Filologia Germânica, é jornalista profissional desde 1971. Iniciou-se no Diário de Lisboa e foi sócio fundador do semanário O Jornal e redator-fundador dos quotidianos o diário e Europeu. De 1989 a 1992 foi diretor-adjunto do semanário O Comércio de Macau, tendo permanecido até 1993 naquele território chinês sob administração portuguesa como freelancer e correspondente para a Ásia do Jornal de Notícias e da RDP-Antena Um. Regressado a Portugal, foi redator do Tal&Qual, diretor de publicações da TV Guia Editora (RTP) e coordenador da revista Autores, da Sociedade Portuguesa de Autores. Em 1987, com o documentário televisivo O Pinta do Intendente, ganhou o prémio Gazeta, do Clube de Jornalistas. Em 1995 foi co-autor, com Rogério Beltrão Coelho, do filme Exílio Dourado em Macau, realizado por Manuel Tomás. De 2001 a 2004 integrou os quadros da RTP e de 2004 a 2009 foi responsável editorial e um dos moderadores do programa Clube de Jornalistas, emitido na RTP 2. Eleito pelos jornalistas portugueses, foi membro do Conselho de Imprensa (1977-81) e, no Sindicato dos Jornalistas, presidente do Conselho Técnico e de Deontologia (1981-83) e vice-presidente da Direção (1987-89). Integrou, ao longo de vários mandatos, os corpos sociais do Clube de Jornalistas e da Casa de Imprensa. Em 2011 publicou, na Editorial Caminho, o livro Jardim, a Grande Fraude e, em 2014, O Fim do Império – Memória de Um Soldado Português. Ribeiro Cardoso morreu no dia 23 de março de 2023, sendo póstumo este seu livro, 25 de Novembro, o depois.

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