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Jardim, a Grande Fraude

Ribeiro Cardoso


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Sinopse

Com 35 anos de autonomia política, Governo próprio e grossas transferências do Orçamento de Estado, a que se juntam 25 anos de generosos fundos comunitários, a Madeira modernizou-se por fora mas não se desenvolveu por dentro. Apostou no betão (que trouxe grossos benefícios a uma clientela restrita) e «esqueceu-se» do resto. Isto é: tem vias rápidas e túneis, que impressionam turistas e jornalistas apressados, mas apesar de nenhuma região do país ter recebido, proporcionalmente, tanto dinheiro do exterior, a Madeira, ao fim de 35 anos de maiorias absolutas do PSD-M, continua a ser, como antes, uma das regiões mais atrasadas de Portugal, com o maior número de pobres, a maior percentagem de analfabetos e de abandono escolar, as maiores desigualdades sociais, o maior número de funcionários públicos. Sem indústria, sem agricultura, sem pescas, está de novo a braços com um desemprego e uma emigração maciços. Isto é: tem vias rápidas e túneis, que impressionam turistas e jornalistas apressados, mas apesar de nenhuma região do país ter recebido, proporcionalmente, tanto dinheiro do exterior, a Madeira, ao fim de 35 anos de maiorias absolutas do PSD-M, continua a ser, como antes, uma das regiões mais atrasadas de Portugal, com o maior número de pobres, a maior percentagem de analfabetos e de abandono escolar, as maiores desigualdades sociais, o maior número de funcionários públicos. Sem indústria, sem agricultura, sem pescas, está de novo a braços com um desemprego e uma emigração maciços. Com 35 anos de autonomia política, Governo próprio e grossas transferências do Orçamento de Estado, a que se juntam 25 anos de generosos fundos comunitários, a Madeira modernizou-se por fora mas não se desenvolveu por dentro. Apostou no betão (que trouxe grossos benefícios a uma clientela restrita) e «esqueceu-se» do resto. Isto é: tem vias rápidas e túneis, que impressionam turistas e jornalistas apressados, mas apesar de nenhuma região do país ter recebido, proporcionalmente, tanto dinhe

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Autor

Ribeiro Cardoso

RIBEIRO CARDOSO nasceu no Porto em maio de 1945. Licenciado em Filologia Germânica, é jornalista profissional desde 1971. Iniciou-se no Diário de Lisboa e foi sócio fundador do semanário O Jornal e redator-fundador dos quotidianos o diário e Europeu. De 1989 a 1992 foi diretor-adjunto do semanário O Comércio de Macau, tendo permanecido até 1993 naquele território chinês sob administração portuguesa como freelancer e correspondente para a Ásia do Jornal de Notícias e da RDP-Antena Um. Regressado a Portugal, foi redator do Tal&Qual, diretor de publicações da TV Guia Editora (RTP) e coordenador da revista Autores, da Sociedade Portuguesa de Autores. Em 1987, com o documentário televisivo O Pinta do Intendente, ganhou o prémio Gazeta, do Clube de Jornalistas. Em 1995 foi co-autor, com Rogério Beltrão Coelho, do filme Exílio Dourado em Macau, realizado por Manuel Tomás. De 2001 a 2004 integrou os quadros da RTP e de 2004 a 2009 foi responsável editorial e um dos moderadores do programa Clube de Jornalistas, emitido na RTP 2. Eleito pelos jornalistas portugueses, foi membro do Conselho de Imprensa (1977-81) e, no Sindicato dos Jornalistas, presidente do Conselho Técnico e de Deontologia (1981-83) e vice-presidente da Direção (1987-89). Integrou, ao longo de vários mandatos, os corpos sociais do Clube de Jornalistas e da Casa de Imprensa. Em 2011 publicou, na Editorial Caminho, o livro Jardim, a Grande Fraude e, em 2014, O Fim do Império – Memória de Um Soldado Português. Ribeiro Cardoso morreu no dia 23 de março de 2023, sendo póstumo este seu livro, 25 de Novembro, o depois.

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