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Sinopse

Mundo Novo é um romance de busca, descoberta, iniciação e encantamento, que nos dá a conhecer a luta pela emancipação das mulheres no princípio do século XX, em Portugal e no Brasil.

Aos 26 anos, Leonor sente-se presa pela paixão de dois homens: a um, deseja-o mas não o ama; ao outro, ama-o — mas com um amor de irmã.

Escapando ao casamento com um noivo conservador que a quer submissa e afastando-se do poeta apaixonado a que não consegue corresponder, a jovem parte para o Brasil. O pretexto para essa viagem é conhecer um tio e resolver o mistério da herança de uma tia. Na verdade, Leonor parte em busca de si própria, da sua independência, de um mundo verdadeiramente novo — e seu. 

Da nota editorial de Inês Pedrosa: 

"Não podemos continuar a ignorar o talento ficcional de Ana de Castro Osório, a sua desenvolta fluência narrativa, a solidez arquitectural dos seus enredos, a inteligência bem-humorada com que desenha personagens e diálogos e, acima de tudo, a sua luxuriante capacidade descritiva, de grande força cromática. Este tão desconhecido, paradoxal, estranho e familiar Mundo Novo do início do século passado vem apresentar aos novos leitores uma escritora que merece sair da obscuridade a que a História sistematicamente remeteu a criação, o pensamento e a escrita dessa metade da Humanidade nascida com dois cromossomas X."

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Autor

Ana de Castro Osório

A escritora, activista e pedagoga Ana de Castro Osório (Mangualde, 18 de Junho de 1872 – Setúbal, 23 de Março de 1935) publicou, em 1905, "Às Mulheres Portuguesas", o primeiro manifesto feminista português. Foi uma das fundadoras do Grupo Português de Estudos Feministas, em 1907, da Liga Republicana das Mulheres Portuguesas, em 1909 e, em 1912, da Associação de Propaganda Feminista, a primeira organização sufragista portuguesa, que, por iniciativa da escritora, integrou a International Women Suffrage Alliance. Dedicou-se desde muito cedo ao jornalismo, tendo dirigido diversos periódicos, como "Sociedade Futura" (1902), "O Jornal dos Pequeninos" (1907-1908), "A Mulher e a Criança" (1909-1910), "A Semeadora" (1915-1918). Desempenhou um papel de destaque no jornal setubalense "O Radical" (1910-1911). Foi membro do Grande Oriente Lusitano, adoptando como nome simbólico o da revolucionária do século XVIII Leonor Fonseca Pimentel. Imediatamente após a instauração da República, trabalhou com o Ministro da Justiça na elaboração da Lei do Divórcio, de 1910. Entre 1911 e 1916 viveu no Brasil, acompanhando o marido, que fora nomeado cônsul em S. Paulo. Com o deflagrar da 1ª Guerra Mundial fundou a Comissão de Mulheres Pela Pátria, a partir da qual se formou, em 1916, a Cruzada das Mulheres Portuguesas. Em 1916 exerceu as funções de subinspectora do trabalho da 1ª Circunscrição Industrial do Ministério do Trabalho. Foi condecorada com a Ordem Militar de Sant'Iago da Espada (1919) e com a Ordem Civil do Mérito Agrícola e Industrial (1931).

É considerada a criadora da literatura infantil em Portugal, tendo realizado uma extensa e intensiva recolha dos contos da tradição oral do país, e publicado inúmeros volumes de histórias para crianças, além de ter traduzido e publicado os contos dos irmãos Grimm e muitos outros autores estrangeiros de literatura para crianças. Criou manuais escolares para o 1º ciclo. A sua extensa e diversificada obra literária, de mais de cinquenta títulos, inclui também ensaios, romances e contos. A Ana de Castro Osório se deve a compilação, organização, edição e publicação de "Clepsidra", o único livro de Camilo Pessanha, em 1920, na editora por ela criada, Lusitânia. 

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