Partilhar

Morte e Ficção do Rei Dom Sebastião

André Belo

Em Stock



Desconto: 10%
18,82 € 20,90 €

Detalhes do Produto

Sinopse

UMA INVESTIGAÇÃO INÉDITA QUE REVOLUCIONA O MITO DO SEBASTIANISMO 

Em 1578, D. Sebastião morre na batalha de Alcácer‑Quibir. Logo no rescaldo da derrota, começam a gerar‑se rumores sobre a sobrevivência do rei, com impacto indelével na memória colectiva dos portugueses. É a partir deste problema — a dificuldade de assimilação de uma derrota catastrófica na cultura nacional — que André Belo parte para uma apurada investigação sobre a morte régia, os processos de disseminação de rumores e a intrincada impostura sebastianista de Veneza, a mais célebre sob a dinastia filipina.

Mesmo entre historiadores de referência, prevalece até hoje certa relutância, quando não recusa, em afirmar taxativamente a morte de D. Sebastião no campo de batalha. E no entanto não há sequer fundamento para hesitações: os relatos da contenda, escritos por diferentes testemunhas oculares, dão conta de um reconhecimento formal do corpo morto do rei pelos fidalgos portugueses cativos, oficializado por um juiz, também ele português. Perante essa contradição, o autor segue as pistas da construção do sebastianismo, e explica‑nos de que modo o mito messiânico chegou ao século xxi.

É assim que acompanhamos a intrincada história do falso rei D. Sebastião de Veneza, um calabrês cuja vida itinerante seria suspensa nos calabouços da cidade. Ao longo de cinco anos (1598‑1603), Marco Tullio Catizone alimentou paixões anticastelhanas, gerou facções e manobras diplomáticas. E levou a sacrifícios duríssimos, ou não tivesse terminado com a condenação à morte do impostor. Terminado o caso, porém, o tempo tratou de alimentar a ficção.

Ler mais

Autor

André Belo

André Belo nasceu em Paris, em 1971. Cresceu e viveu em Lisboa, onde se licenciou e se tornou mestre em História. Doutorou‑se em Paris, na École des Hautes Études en Sciences Sociales, com uma tese sobre a Gazeta de Lisboa e as notícias manuscritas em Portugal no século XVIII. Desde 2006, é professor no departamento de Estudos Portugueses da Universidade de Rennes 2 (Bretanha/França). Além de vários artigos sobre notícias e informação na época moderna, publicou As Gazetas e os Livros (2001) e História & Livro e Leitura (Belo Horizonte, 2002; 2.ª ed. 2013). Começou a interessar‑se por questões de identidade social e cultural durante a época moderna com um estudo sobre a imagem dos negros no teatro ibérico dos séculos XVI e XVII. Depois, caiu com verdadeiro prazer no caldeirão do sebastianismo. Morte e Ficção do Rei Dom Sebastião é uma maneira de sair dele.

Ler mais