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Sinopse

Qualquer livro que se leia deste autor parece-nos sempre pequeno, como no caso de Terra Ingrata, Contos Bárbaros ou Montes Pintados. As histórias são tão bem arquitetadas, de uma tessitura tão aliciante pelo poder sugestivo das palavras polidas, que satisfaz o leitor anónimo ou o mais exigente, arrebatando-o pelo sortilégio de bem escrever. Tudo ganha uma cor original, e o homem parece cheirar ainda ao barro de que é feito. Homem do povo, que ao povo se mantém ligado por laços de sangue e amor, plasma em boa prosa, escorreita e viril, sedutora, humana e inconfundível, a alma do mesmo povo. É fiel à sua raiz e cada livro, como este Montes Pintados é uma grande e longa canção à vida. (…) Escultor de uma forma simples, castiça e atraente forma, arranca, a bom cinzel, as suas figuras extraordinárias das fragas do Douro e sopra-lhes uma alma vibrante. Os contos de João de Araújo Correia são feitos de casos quotidianos, recriados nas suas andanças de médico bondoso e são de uma urdidura humana inconfundível que ganham pela leveza purificada de qualquer ganga. Neste caso, forma e fundo interpenetram-se numa composição ideal, num todo harmónico, raramente atingido. Aqui a prosa é como um vidro onde se vê a forma e o fundo. Não há palavra a mais ou palavra a menos. Cada frase tem a sua medida exata e cada conto a sua voz natural.

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Autor

João de Araújo Correia

João de Araújo Correia nasceu no primeiro dia do ano de 1899, em Canelas do Douro. Frequentou a escola primária na Régua. No liceu de Vila Real fez exame de Francês e Inglês. Para prosseguir os estudos, partiu para o Porto e aí frequentou a Escola Académica antes de ingressar na Faculdade de Medicina. Devido a doença, teve de interromper o curso, que concluiu apenas seis anos mais tarde. Aproveitou a convalescença para ler e escrever, para se cultivar e reflectir. Nesse período, iniciou a sua colaboração na imprensa regional. Em 1922, casou com Maria da Luz de Matos Silva, de quem teve cinco filhos. Fixou-se na Régua. Em 1935, fundou, com dois amigos, a Imprensa do Douro, que publicou quase todos os livros do escritor. A sua verdadeira estreia literária foi em 1938, com Sem Método. Médico a tempo inteiro e escritor de “horas mortas”, João de Araújo Correia desenvolveu, contudo, uma intensa actividade literária, publicando com regularidade contos, crónicas, ensaios, sem esquecer a colaboração na imprensa regional e nacional. Em 1969, foi-lhe atribuído o Prémio Nacional de Novelística. Morreu a 31 de Dezembro de 1986 e foi sepultado em Canelas do Douro. Algumas Obras: Sem Método (1938); Contos Bárbaros (1939); Contos Durienses (1941); Terra Ingrata (1946); Três Meses de Inferno (1946); Cinza do Lar (1951); Folhas de Xisto (1959); Manta de Farrapos (1962); Montes Pintados (1964); Horas Mortas (1968); Pó Levantado (1974); Pontos Finais (1975); Outro Mundo (1980).

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