Partilhar

Desconto: 10%
20,61 € 22,90 €
Wishlist Icon

Poderá gostar

Desconto: 10%
16,11 € 17,90 €
Wishlist Icon
Desconto: 10%
17,10 € 19,00 €
Wishlist Icon
Desconto: 10%
11,61 € 12,90 €
Wishlist Icon
Desconto: 10%
12,60 € 14,00 €
Wishlist Icon
Desconto: 10%
12,51 € 13,90 €
Wishlist Icon
Desconto: 10%
17,90 € 19,90 €
Wishlist Icon
Desconto: 10%
10,80 € 12,00 €
Wishlist Icon
Desconto: 10%
13,41 € 14,90 €
Wishlist Icon

Detalhes do Produto

Sinopse

10 de Maio, no poço de Aguenni, a trinta quilómetros de Tombuctu: última noite de verdadeiro deserto, aliás pouco deserto. Os pastores tiraram água, julgo eu, desde manhã até à noite; conjunto de vozes de bois, ovelhas e burros, ao qual só falta uma voz, a do pequeno bezerro que na véspera tinha caído no poço e que tinha morrido. E depois, a grande rota do norte, muito frequentada naquela estação de regresso da azalaï. Longos desfiles silenciosos de camelos que deslizam na noite, sob o luar. Espectáculo bastante solene, quase grandioso: aqueles incessantes vagões lançados em fila indiana, monstro sem fim, articulado, mecânico, evocam um animal colossal, por vezes único e outras múltiplo, uma espécie de escolopendra titânica com inúmeras patas, animada por um ritmo lento, mas decidido, infatigável, implacável, irresistível. Tendo cada um as suas especificidades, o deserto e o oceano apresentam-se-nos com características semelhantes: a imensidão, o facto de serem espaços que comandam o movimento perpétuo, a navegação, o nomadismo, a eterna fuga quotidiana. Segundo Théodore Monod nos diz em Os Navegantes do Deserto,  passando do mar para o deserto, não estaria eu apenas a mudar de oceano? Quer este seja de água salgada, quer seja de areias e pedras, é sempre um oceano. E eis a razão pela qual, após termos vivido nos dois, descobrimos tantos pontos em comum entre a vida do marinheiro e a do sariano, um parentesco tão secreto e profundo. Em Os Navegantes do Deserto,  Monod transporta-nos, uma vez mais, para o seu tão querido Sara e para os constantes percursos das caravanas no deserto sariano.

Ler mais

Autor

Joseph Conrad

Joseph Conrad nasceu na Ucrânia a 3 de dezembro de 1857, filho de pais polacos, exilados devido a atividades políticas. Conrad ficou órfão de pai aos onze anos, tendo sido deixado ao cuidado de um tio materno que exerceu grande influência sobre ele. A partir de 1874, Conrad, então a viver em Marselha, iniciou a sua aprendizagem como marinheiro, tendo ingressado na Marinha Mercante Britânica e adotado a nacionalidade inglesa em 1886. Depois de publicado o seu primeiro romance, Almayer’s Folly, em 1895, Conrad abandonou a vida de marinheiro. Embora os livros sobre temas marítimos sejam numerosos e exista a tendência para o imaginar sempre a bordo de um veleiro, a verdade é que passou os últimos trinta anos da sua vida em terra, numa sedentária vida de escritor, no condado de Kent. Conrad era conhecido por dois aspetos contraditórios do seu caráter. Era ao mesmo tempo irritável e amável. Todos os que o conheceram afirmavam também que era um homem de grande ironia. Usava monóculo, não gostava de poesia, exceto dos versos do seu amigo Arthur Symons e talvez de Keats. Detestava Dostoievski por ser russo e escrever romances que lhe pareciam confusos. Era um grande leitor, sendo Flaubert e Maupassant os seus autores favoritos. Durantes muitos anos, Conrad atravessou dificuldades financeiras e sentiu a incompreensão dos críticos e a indiferença dos leitores. O livro que o tornou conhecido foi Chance, publicado em 1913. Nos dez anos que se seguiram tornou-se um dos mais reconhecidos autores de língua inglesa. Conrad casou-se aos 38 anos, nunca deixando de oferecer um presente à sua mulher cada vez que acabava um dos seus livros. Morreu subitamente a 3 de agosto de 1924, na sua casa em Kent, na Grã-Bretanha. Sentira-se mal no dia anterior, mas nada deixava adivinhar a iminência da morte.

Ler mais