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Detalhes do Produto

Sinopse

«Desembarcámos. Há alguma coisa boa neste país? Os caminhos avançam a direito e são duros e cheios de pó. Os campos férteis têm no meio kampongs de pedra, cheios de caras brancas, mas todos os homens que se encontram são escravos. Os Rajás vivem com o fio da espada estrangeira sobre a cabeça. Subimos montanhas, atravessámos vales; ao pôr-do-sol entrávamos em aldeias.
Perguntávamos a toda a gente: “— Viste um homem branco assim e assim?”Alguns olhavam-nos com espanto; outros riam-se; as mulheres davam-nos comida; às vezes, com medo e respeito, como se tivéssemos o espírito perturbado pela visitação de Deus; mas outros havia que não compreendiam a nossa língua e outros ainda que nos amaldiçoavam, ou bocejavam, perguntavam com desprezo pela razão da nossa busca. Uma vez, quando já nos afastávamos, um velho atirou-nos: “ — Desisti!”»

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Autor

Joseph Conrad

Joseph Conrad nasceu na Ucrânia a 3 de dezembro de 1857, filho de pais polacos, exilados devido a atividades políticas. Conrad ficou órfão de pai aos onze anos, tendo sido deixado ao cuidado de um tio materno que exerceu grande influência sobre ele. A partir de 1874, Conrad, então a viver em Marselha, iniciou a sua aprendizagem como marinheiro, tendo ingressado na Marinha Mercante Britânica e adotado a nacionalidade inglesa em 1886. Depois de publicado o seu primeiro romance, Almayer’s Folly, em 1895, Conrad abandonou a vida de marinheiro. Embora os livros sobre temas marítimos sejam numerosos e exista a tendência para o imaginar sempre a bordo de um veleiro, a verdade é que passou os últimos trinta anos da sua vida em terra, numa sedentária vida de escritor, no condado de Kent. Conrad era conhecido por dois aspetos contraditórios do seu caráter. Era ao mesmo tempo irritável e amável. Todos os que o conheceram afirmavam também que era um homem de grande ironia. Usava monóculo, não gostava de poesia, exceto dos versos do seu amigo Arthur Symons e talvez de Keats. Detestava Dostoievski por ser russo e escrever romances que lhe pareciam confusos. Era um grande leitor, sendo Flaubert e Maupassant os seus autores favoritos. Durantes muitos anos, Conrad atravessou dificuldades financeiras e sentiu a incompreensão dos críticos e a indiferença dos leitores. O livro que o tornou conhecido foi Chance, publicado em 1913. Nos dez anos que se seguiram tornou-se um dos mais reconhecidos autores de língua inglesa. Conrad casou-se aos 38 anos, nunca deixando de oferecer um presente à sua mulher cada vez que acabava um dos seus livros. Morreu subitamente a 3 de agosto de 1924, na sua casa em Kent, na Grã-Bretanha. Sentira-se mal no dia anterior, mas nada deixava adivinhar a iminência da morte.

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