Partindo de uma proposta lançada por Roberto Nobre na década de 1920, então não concretizada, para a criação de uma «Exposição Permanente de Pintura», definiu-se a curadoria de uma exposição que propôs uma reconfiguração atualizada dessa ideia, em três núcleos, que circunscrevem diferentes momentos artísticos dessa história, de Itinerários da Arte Moderna no Algarve, a partir de finais do século XIX e centrados na pintura, acompanhando movimentos como Naturalismo, Futurismo, Expressionismo, Cubismo ou, mais tarde, Nova-Figuração e Nova-Abstração. Desenvolvida entre o fascínio da paisagem algarvia como referente e uma apetência de modernidade, esta história desenrola-se na própria possibilidade da construção da ideia de uma escola algarvia na arte portuguesa.

A pesquisa efetuada para essa curadoria permitiu construir um ensaio de fundo da história da Arte Moderna do Algarve no século XX, de modo alargado e estruturado, que estava por fazer. Após este ensaio, o livro apresenta o catálogo da exposição que foi montada com base nesta investigação e a ilustra, acompanhando cada uma das obras com específico historial e análise estética.