Seis décadas após a criação, em 1962, do Gabinete de Investigações Sociais, em Lisboa, lugar onde deu os primeiros passos, ainda muito condicionados pela ditadura a que o país se encontrava submetido, a investigação sociológica em Portugal tornou-se uma atividade plenamente institucionalizada.

Este livro faz, em vários planos, o balanço histórico e analítico dessa experiência coletiva de seis décadas: propõe uma sociologia institucional da ciência aplicável ao caso da investigação sociológica em Portugal; reconstitui, em grandes linhas, o processo de institucionalização da sociologia no país; compara dois modos de estar e fazer reconhecíveis no campo da investigação sociológica; apresenta e comenta temas,

instituições e autores de 16 especialidades consolidadas, desde a respetiva génese; assinala a emergência de novos domínios de investigação; identifica domínios em que, por razões diversas, a investigação é deficitária; e discute as relações e fronteiras da investigação sociológica com outros campos científicos, particularmente das ciências sociais, bem como as relações e fronteiras entre especialidades sociológicas diferentes.

Disponibiliza também uma versão revista e atualizada da Bibliografia Temática e Cronológica da Investigação Sociológica em Portugal, publicada num estudo anterior.