Branco sobre Branco reúne um conjunto de obras resultantes de dois momentos expositivos desenvolvidos pela artista Helena Ferreira para o projecto Chiado, Carmo, Paris e os Caminhos de Salgueiro Maia – 2024. O primeiro, As filhas de Léthê, apresentado na Galeria PeP do Museu Nacional de Arte Contemporânea, em Lisboa, e o segundo, Olhar de volta, apresentado no Paiol de Castelo de Vide. No seu desejo de trazer a público o problema do anonimato ou invisibilidade feminina na construção de uma memória colectiva, a artista concentrou-se, num primeiro momento, em retratar mulheres operárias que estiveram envolvidas na luta pelos direitos humanos antes, durante e após a primeira República Portuguesa, a partir de imagens encontradas em arquivos públicos de jornais portugueses da época. O segundo momento expositivo integra retratos de Natércia Salgueiro Maia, desenvolvidos a partir de fotografias de slides tirados por Fernando Salgueiro Maia e que fazem parte do arquivo privado da família, resultando numa homenagem a Natércia Salgueiro Maia pelo papel desempenhado na preservação da memória da revolução e do seu marido.
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Helena Ferreira
Helena Ferreira (Lisboa, 1982) desenvolve o seu trabalho a partir de diferentes suportes e materiais, com especial incidência no desenho, mo vídeo e na instalação. O seu corpo de trabalho incide sobre múltiplos processos perceptivos e narrativos que resultam da sua relação com o mundo. A partir de vivências pessoais, ou recorrendo a referências históricas e sociais, Helena ferreira evoca suspensões e fracturas na linearidade temporal para repensar e contemplar o imperceptível, o indizível, ou aquilo que se encontra velado. O seu trabalho tem sido exposto em diferentes locais como Coleccion Inelcom, Madrid; Museu Nacional de Arte Contemporânea, Lisboa; Paiol do Castelo, Castelo de Vide; White Lab Gallery, Madrid; Galeria do Largo do Paço, Braga; Maison du Portugal – Residence André de Gouveia, Paris; Galeria da FBAUL, Lisboa; Centra de Iniciativas Culturales, Cuenca; Museu Arqueológico do Carmo, Lisboa; Palácio das Artes, Porto; Casa-Museu Medeiros e Almeida, Lisboa; La Madraza – Centro de Cultura Contemporânea, Granada; Münchner Künstlerhaus, Munique; Museu de Arte Contemporânea, Skopje.
É licenciada em Escultura e doutorada em Belas-Artes/Arte Multimédia pela Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa. É docente no IPLUSO e investigadora no CIEBA/GIAM.
Helena Ferreira (Lisbon, 1982) develops her work through different supports and materials with special focus on drawing, video, and installation. Her body of work is centered on multiple perceptual and narrative processes that result from her interaction with the world around her. Based on personal experiences, or using historical and social references, Helena Ferreira evokes suspensions and fractures in temporal linearity to rethink and contemplate what is imperceptible, unspeakable, or veiled. Her work has been exhibited in venues including Coleccion Inelcom, Madrid; National Museum of Contemporary Art, Lisbon; Castle Armoury, Castelo de Vide; White Lab Gallery, Madrid; Largo do Paço Gallery, Braga; Maison du Portugal – Residence André de Gouveia, Paris; Art Gallery of FBAUL, Lisbon; Centra de Iniciativas Culturales, Cuenca; Carmo Archeologic Museum, Lisbon; Palácio das Artes, Porto; House-Museum Medeiros e Almeida, Lisbon; ; La Madraza – Centro de Cultura Contemporânea, Granada; Münchner Künstlerhaus, Munich; Museum of Contemporary Arts, Skopje.
She has a degree in Sculpture and a PhD in Fine Arts/Multimedia Art from the Faculty of Fine Arts of the University of Lisbon. She is a Professor at IPLUSO and an integrated researcher at CIEBA/GIAM.
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