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Sinopse

Fui a Cambridge e vi o modelo e conheci Francis [Crick] e Jim [Watson]. Foi o dia mais emocionante da minha vida. A dupla hélice do DNA foi uma experiência reveladora; para mim, tudo encaixava e a minha futura vida científica foi decidida ali, naquele momento. Quando o artigo apareceu, algumas semanas depois, não foi bem recebido pelo sistema instituído, composto basicamente por bioquímicos profissionais. Eles não podiam ver, na época, quão profundamente isso mudaria o seu tema, ao oferecer-nos um enquadramento para estudar a química da informação biológica. [Sydney Brenner, 1953]

Aos sessenta anos, meu avô, Francis Crick, foi para os EUA e dirigiu a sua atenção para a neurobiologia teórica. Durante os 28 anos seguintes, trabalhou no avanço do estudo sobre a consciência humana. Foi quando eu o conheci melhor. Tinha sobrancelhas brancas, uma risada retumbante e uma cintilação sorridente nos seus olhos. Quando eu estava no início da adolescência, levava-me para o seu escritório no Instituto Salk na Califórnia. Durante a faculdade, ajudou-me a encontrar um estágio trabalhando lá, num laboratório. As paredes do seu escritório tinham um quadro-preto muito usado e retratos de Charles Darwin e Einstein. Numa mesa lateral exibia um modelo do DNA e outro do cérebro. Não sei o que esperava ver, mas este não era um laboratório com tubos de ensaio e microscópios; esses, ele deixou-os em Cambridge, Inglaterra. Quando lhe pedi para explicar o que fazia no Instituto Salk, disse-me: “Eu penso”. [Kindra Crick, 2017]

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Autor

Raquel Gonçalves-Maia

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