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Fragmentos Científicos de Aristóteles

António de Castro Caeiro

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Sinopse

O espanto, a admiração, o susto, a alegria e o terror, a curiosidade inesgotável caracterizam o espírito da filosofia. A aproximação à realidade metafísica não se fazia à custa de preces apenas, pedidos e queixumes. Era a interrogação, a pergunta, o questionamento que determinavam a relação do humano com o impressionante e com o estado em que nos deixam. A normalidade chega no momento seguinte, mas não mascara completamente o que está na base do espantoso da vida. Estes fragmentos de Aristóteles incidem sobre um conjunto de fenómenos que podem ser o objeto de estudo de várias ciências. Os gregos chamavam-lhe phusis, o horizonte de fundo de onde vem a ser tudo o que é e para onde regressa tudo, ao deixar de ser.

Fragmento 223

Era necessário que Diocles, se pretendia investigar as causas de todos os fenómenos naturais, tivesse levantado as dificuldades e apresentado soluções como Aristóteles, Teofrasto e certos outros homens que se dedicaram à filosofia. Os filósofos levantam dificuldades para apresentar soluções nas suas investigações acerca da natureza das coisas e problemas deste tipo. Se, porém, Diocles não procedeu assim, errou completamente. Com efeito, em primeiro lugar, o fenómeno tem sempre de ser apresentado em carne e osso 59 (p. 475): só depois é que, se alguém o pretender fazer, se pode observar o fundamento que lhe está na base. É deste modo que se põem os problemas acerca da natureza das coisas.


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Autor

António de Castro Caeiro

António de Castro Caeiro (Lisboa, 1966) obteve o grau de doutor em Filosofia Antiga com a tese "A Areté como possibilidade extrema do Humano, fenomenologia da práxis em Platão e Aristóteles" (1998), pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas (FCSH) da Universidade Nova de Lisboa (UNL). Ensina na FCSH desde 1990, dedicando-se à Filosofia Antiga e à Filosofia Contemporânea e, em especial, ao trabalho de autores como Edmund Husserl, Max Scheler e Martin Heidegger. Estudou em Freiburg i. Br. (com F.-W. von Herrmann) e foi Visiting Scholar na University of South Florida (onde colaborou com Charles Guignon). Ministra seminários de tradução de textos de teor filosófico em alemão, grego antigo e latim. Traduziu do grego obras como "Ética a Nicómaco de Aristóteles" (Quetzal, 2004), "Píndaro - Odes Píticas para os Vencedores" (Prime Books, 2006), "Odes Olímpicas", de Píndaro (ed. abysmo). Publicou os ensaios "São Paulo: apocalipse e conversão" (Aletheia, 2014) e "Um Dia Não São Dias" (Abysmo, 2015).

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