Detalhes do Produto
- Editora: Abysmo
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- Ano: 2022
- ISBN: 9789899014305
- Número de páginas: 116
- Capa: Brochada
Sinopse
O espanto, a admiração, o susto, a alegria e o terror, a curiosidade inesgotável caracterizam o espírito da filosofia. A aproximação à realidade metafísica não se fazia à custa de preces apenas, pedidos e queixumes. Era a interrogação, a pergunta, o questionamento que determinavam a relação do humano com o impressionante e com o estado em que nos deixam. A normalidade chega no momento seguinte, mas não mascara completamente o que está na base do espantoso da vida. Estes fragmentos de Aristóteles incidem sobre um conjunto de fenómenos que podem ser o objeto de estudo de várias ciências. Os gregos chamavam-lhe phusis, o horizonte de fundo de onde vem a ser tudo o que é e para onde regressa tudo, ao deixar de ser.
Fragmento 223
Era necessário que Diocles, se pretendia investigar as causas de todos os fenómenos naturais, tivesse levantado as dificuldades e apresentado soluções como Aristóteles, Teofrasto e certos outros homens que se dedicaram à filosofia. Os filósofos levantam dificuldades para apresentar soluções nas suas investigações acerca da natureza das coisas e problemas deste tipo. Se, porém, Diocles não procedeu assim, errou completamente. Com efeito, em primeiro lugar, o fenómeno tem sempre de ser apresentado em carne e osso 59 (p. 475): só depois é que, se alguém o pretender fazer, se pode observar o fundamento que lhe está na base. É deste modo que se põem os problemas acerca da natureza das coisas.
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