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Fernando Pessoa - Um Retrato Fora da Arca

Zetho Cunha Gonçalves, Fernando Pessoa

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Sinopse

Fernando Pessoa – Um Retrato Fora da Arca é uma biografia intelectual e humana do criador dos heterónimos, estabelecida a partir da obra do próprio autor e dos testemunhos dos seus contemporâneos com quem mais intimamente conviveu e que tiveram a presciência de lhe reconhecer o génio e a grandeza. A par de escritos mais célebres, congrega poemas, cartas, ensaios, artigos de imprensa e memórias, articulados como diversas faces do mesmo complexo poliedro pessoano, erguendo um memorial do homem e do poeta a várias vozes. Este retrato (e auto-retrato) humano e literário de Fernando Pessoa inclui textos de António Botto, Raul Leal, Mário de Sá-Carneiro e José de Almada Negreiros, entre outros, e inéditos em volume, capazes de abrir portas a uma renovada abordagem e leitura da inesgotável saga pessoana.

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Autor(es)

Zetho Cunha Gonçalves

Zetho Cunha Gonçalves nasceu na cidade do Huambo, em Angola, a 1 de Julho de 1960. Passou a infância e adolescência no Cutato (pequena povoação na Província do Cuando-Cubango), onde concluiu a instrução primária e a que chama a sua «pátria inaugural da Poesia». Foi aluno do Colégio Alexandre Herculano, na cidade do Huambo, e estudou Agronomia na extinta Escola de Regentes Agrícolas de Santarém, em Portugal. Poeta, autor de literatura para a infância e juventude, ficcionista, organizador de edições, antologiador e tradutor de poesia, exerceu várias profissões: de tratador de gado numa fazenda a empregado de escritório, de vendedor de publicidade e publicitário a director adjunto de um jornal de turismo falido, de empregado de mesa em restaurantes e pesquisador de notícias para uma empresa da especialidade a intermediário e conselheiro de bibliófilos. Foi coordenador da página literária «Casa-Poema da Língua Portuguesa» no jornal Plataforma, de Macau, e da secção cultural da revista África 21. É membro da União dos Escritores Angolanos. Tem traduções para alemão, chinês, espanhol, hebraico e italiano, e colaboração dispersa por jornais e revistas de Angola, Brasil, Espanha, Itália, Macau, Moçambique e Portugal. Tem participado em vários colóquios e encontros literários em Portugal, Brasil, Cuba e Itália. O seu nome foi proposto para Prémio Nobel de Literatura 2018.

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Fernando Pessoa

Um dos maiores génios poéticos de toda a nossa Literatura e um dos poucos escritores portugueses mundialmente conhecidos. A sua poesia acabou por ser decisiva na evolução de toda a produção poética portuguesa do século XX. Se nele é ainda notória a herança simbolista, Pessoa foi mais longe, não só quanto à criação (e invenção) de novas tentativas artísticas e literárias, mas também no que respeita ao esforço de teorização e de crítica literária. É um poeta universal, na medida em que nos foi dando, mesmo com contradições, uma visão simultaneamente múltipla e unitária da Vida. É precisamente nesta tentativa de olhar o mundo duma forma múltipla (com um forte substrato de filosofia racionalista e mesmo de influência oriental) que reside uma explicação plausível para ter criado os célebres heterónimos - Alberto Caeiro, Álvaro de Campos e Ricardo Reis, sem contarmos ainda com o semi-heterónimo Bernardo Soares.

Fernando Pessoa nasceu em Lisboa em 1888 (onde virá a falecer) e aos 7 anos partiu para a África do Sul com a sua mãe e o padrasto, que foi cônsul em Durban. Aqui fez os estudos secundários, obtendo resultados brilhantes. Em fins de 1903 faz o exame de admissão à Universidade do Cabo. Com esta idade (15 anos) é já surpreendente a variedade das suas leituras literárias e filosóficas. Em 1905 regressa definitivamente a Portugal; no ano seguinte matricula-se, em Lisboa, no Curso Superior de Letras, mas abandona-o em 1907. Decide depois trabalhar como "correspondente estrangeiro". Em 1912 estreia-se na revista A Águia com artigos de natureza ensaística. 1914 é o ano da criação dos três conhecidos heterónimos e em 1915 lança, com Mário de Sá-Carneiro, José de Almada-Negreiros e outros, a revista "Orpheu", que dá origem ao Modernismo. Entre a fundação de algumas revistas, a colaboração poética noutras, a publicação de alguns opúsculos e o discreto convívio com amigos, divide-se a vida pública e literária deste poeta.

Pessoa marcou profundamente o movimento modernista português, quer pela produção teórica em torno do sensacionismo, quer pelo arrojo vanguardista de algumas das suas poesias, quer ainda pela animação que imprimiu à revista "Orpheu" (1915). No entanto, quase toda a sua vida decorreu no anonimato. Quando morreu, em 1935, publicara apenas um livro em português, "Mensagem" (no qual exprime poeticamente a sua visão mítica e nacionalista de Portugal), e deixou a sua famosa arca recheada de milhares de textos inéditos. 

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