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Prosa - Antologia Mínima

Fernando Pessoa

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Sinopse

A mais sintética antologia do mais vasto dos autores.

Depois do sucesso do volume com a poesia (já editado em inglês), descubra o essencial da prosa de Fernando Pessoa (ortónimo e heterónimo) numa selecção única do conceituado pessoano Jerónimo Pizarro. 

Nos últimos anos, Fernando Pessoa passou a fazer parte de um cenário urbano e comercial. Neste contexto, é preciso desaprender Pessoa, para citar Caeiro, e lê-lo como se o estivéssemos a descobrir pela primeira vez.

Para ler esta antologia, é preciso aceitar primeiro aquela que pode ser uma estranha constatação para os admiradores do poeta: «A maior parte do espólio pessoano está em ‘prosa’»,

diz a introdução. Ou seja, aqui vai-se além do Livro do Desassossego, rumo a «escritos sociopolíticos, filosóficos, esotéricos, epistolares, teóricos». Há alguns mais conhecidos, como a carta a João Gaspar Simões sobre a génese dos heterónimos, outros mais divertidos, como aforismos ou cartas a Ofélia, mas também há surpresas, até para os mais conhecedores — é o caso da «Crónica Decorativa», um bom pretexto para embarcar nesta nova forma de «experimentar» Pessoa.

«Lembro-me de ter relido o texto de Fernando Pessoa: ‘Organizar’, e de ter sido incapaz de não sorrir: ‘Todo o pensador de sistemas fixos, todo o organizador 

de conjuntos definidos, sofre fatalmente desilusões, quando não desastres. Em toda a organização prática há pois que contar com o inesperado e indefinido da vida.’ […] Pessoa não só escreveu poesia e prosa (em português, inglês e francês), como discutiu sobre ‘as duas formas da palavra escrita’, considerando a primeira própria de uma maior inadaptação ao ambiente, como o afirma num texto inédito que começa: ‘A writer is either essentially a prose writer, or a poet, or a combination of the two.’» – Jerónimo Pizarro, Introdução

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Autor

Fernando Pessoa

Um dos maiores génios poéticos de toda a nossa Literatura e um dos poucos escritores portugueses mundialmente conhecidos. A sua poesia acabou por ser decisiva na evolução de toda a produção poética portuguesa do século XX. Se nele é ainda notória a herança simbolista, Pessoa foi mais longe, não só quanto à criação (e invenção) de novas tentativas artísticas e literárias, mas também no que respeita ao esforço de teorização e de crítica literária. É um poeta universal, na medida em que nos foi dando, mesmo com contradições, uma visão simultaneamente múltipla e unitária da Vida. É precisamente nesta tentativa de olhar o mundo duma forma múltipla (com um forte substrato de filosofia racionalista e mesmo de influência oriental) que reside uma explicação plausível para ter criado os célebres heterónimos - Alberto Caeiro, Álvaro de Campos e Ricardo Reis, sem contarmos ainda com o semi-heterónimo Bernardo Soares.

Fernando Pessoa nasceu em Lisboa em 1888 (onde virá a falecer) e aos 7 anos partiu para a África do Sul com a sua mãe e o padrasto, que foi cônsul em Durban. Aqui fez os estudos secundários, obtendo resultados brilhantes. Em fins de 1903 faz o exame de admissão à Universidade do Cabo. Com esta idade (15 anos) é já surpreendente a variedade das suas leituras literárias e filosóficas. Em 1905 regressa definitivamente a Portugal; no ano seguinte matricula-se, em Lisboa, no Curso Superior de Letras, mas abandona-o em 1907. Decide depois trabalhar como "correspondente estrangeiro". Em 1912 estreia-se na revista A Águia com artigos de natureza ensaística. 1914 é o ano da criação dos três conhecidos heterónimos e em 1915 lança, com Mário de Sá-Carneiro, José de Almada-Negreiros e outros, a revista "Orpheu", que dá origem ao Modernismo. Entre a fundação de algumas revistas, a colaboração poética noutras, a publicação de alguns opúsculos e o discreto convívio com amigos, divide-se a vida pública e literária deste poeta.

Pessoa marcou profundamente o movimento modernista português, quer pela produção teórica em torno do sensacionismo, quer pelo arrojo vanguardista de algumas das suas poesias, quer ainda pela animação que imprimiu à revista "Orpheu" (1915). No entanto, quase toda a sua vida decorreu no anonimato. Quando morreu, em 1935, publicara apenas um livro em português, "Mensagem" (no qual exprime poeticamente a sua visão mítica e nacionalista de Portugal), e deixou a sua famosa arca recheada de milhares de textos inéditos. 

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