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Detalhes do Produto

Sinopse

«Existe uma tentação provavelmente tão antiga como a aparição do Homem: o desejo de ver outras realidades atrás da realidade. Esta disposição multiplica infinitamente as possibilidades de interpretação e o significado das coisas. Este atavismo - ver atrás das coisas outras coisas - nasce duma deformação ocular de Deus, um estrabismo convergente tão pronunciado que se traduz num desdobramento. Estas realidades, assímptotas, não são mais do que o reflexo simétrico do mesmo, uma Tautologia. »
Mattia Denisse

Duplo Vê - O Tautólogo é um dos tentáculos do projeto Duplo Vê, que se compõe também pelo site dupluvedupluvedupluve.com e pelas exposições apresentadas na Casa das Histórias – Museu Paula Rego (29 de setembro a 13 de novembro de 2016) e Galeria Zé dos Bois (22 de abril a 24 de junho de 2017).
Duplo vê é, ao mesmo tempo, o nome em extensão da letra W (inspirado no título de George Perec, W ou les Souvenirs d’Enfance) e também o “duplo ver” de um Deus vesgo. Duplo Vê - O Tautólogo (nome dado ao demiurgo criador da tautologia) poderia ter um outro subtítulo: “Ensaio sobre o estrabismo de Deus”.

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Autor

Mattia Denisse

MATTIA DENISSE (Blois, França, 1967) vive em Lisboa desde 1999. Estrangeiro ou extraterrestre, Mattia Denisse nunca se sentiu de nenhum lado. Por não ter paciência para esperar ser condenado por outros ao exílio, viajou. Pela Europa, África e Brasil, procurando algures o que poderia ter provavelmente achado se ficasse lá onde estava. Como “é preciso traficar alguma coisa enquanto se espera que a noite venha”, escolheu a arte ou a arte escolheu-o, como meio, para sobreviver. Aos 7 anos e meio, instala-se no meio da planície no campo vizinho com um cavalete e uma tela e pinta uma paisagem de montanha que forma uma baía, no horizonte, com o mar. Descobre, espantado, “que a arte é o lugar de todos os possíveis”. Depois da pintura como iniciação, explorará sobretudo a instalação como “espaço trópico”: projeto de reconstrução à escala planetária de uma “paisagem paradigmática”. O conjunto destas obras seria o ressurgir “de um paraíso” do qual se reencontrasse os fragmentos dispersos à superfície do globo. Em 2006, parte para Cabo Verde onde experimenta a insularidade. Nesta vida, onde o tédio é uma condição sine qua non do destino, escreve e desenha, que são, para ele, dois meios de passar, sem intermediários, de um pensamento a “qualquer coisa”. De regresso a Lisboa, Mattia Denisse dedicou-se quase exclusivamente ao desenho e à escrita, trabalho centrípeto em relação ao lado centrífugo das viagens.

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