Detalhes do Produto
- Editora: Dafne Editora
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- Ano: 2011
- ISBN: 9789898217127
- Número de páginas: 296
- Capa: Brochada
Sinopse
«Baudelaire, Proust, Kafka ou James Joyce não temeram contra as certezas dos respectivos presentes reinvocar livremente mitos ou paradigmas religiosos; porém, não pretendiam restaurá-los, mas, pelo contrário, ultrapassá-los com formas absolutamente originais e em vias de se tornarem, de novo, originárias. Picasso e Braque não temeram reinvocar o que até aí se afigurava como o arcaísmo formal por excelência as artes africanas ou oceânicas , mas essa memória não tinha nada a ver com um qualquer "retorno às fontes", como ainda se diz com demasiada frequência; muito pelo contrário, tinha-se em vista ultrapassar dialecticamente quer a plasticidade ocidental, quer precisamente aquela sobre a qual lançavam um olhar absolutamente novo, não "selvagem", não nostálgico: um olhar transformador.» (G.D.-H.)
Na primeira obra de Georges Didi-Huberman que se apresenta ao leitor português é convocada uma vasta constelação de referências teóricas e filosóficas (Benjamin, Freud, Lacan, Fédida, Merleau-Ponty e Derrida), artísticas e literárias (escultura tumular do Antigo Egipto e da Idade Média, Fra Angelico, Beckett, Joyce, Dante e Kafka), para propor uma antropologia dos "objectos" de Donald Judd, Robert Morris e Tony Smith, capaz de dar conta da inquietante intensidade e da dimensão de sentidos que os constituem.